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Cacau Brasileiro – Gente, Floresta e Cultura: nasce um movimento para destacar o produto nacional no mercado externo

Lançamento do movimento Cacau Brasileiro – Gente, Floresta e Cultura. Crédito: Acervo

Até 2030 o Brasil tem potencial de participar com 13% do mercado global de cacau e se colocar entre os três maiores produtores do mundo, gerando US$2,3 bilhões em receita e até 300.000 empregos, de acordo com relatório do Instituto AYA. Com foco nesse potencial e no objetivo de atingir mercados estratégicos, como Europa e Estados Unidos, a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o Centro de Inovação do Cacau (CIC), o CocoaAction Brasil, o Instituto Arapyaú e outras organizações do setor se uniram para lançar o movimento Cacau Brasileiro – Gente, Floresta e Cultura.  

A iniciativa setorial quer destacar os atributos do produto nacional, cultivado principalmente por agricultores familiares em pequenas propriedades, onde as práticas agroflorestais contribuem para a preservação das florestas e a mitigação das mudanças climáticas. O Brasil também tem investido na produção de amêndoas de alta qualidade, ganhando reconhecimento em prêmios internacionais.  

“O cacau brasileiro é muito mais do que um produto; ele é um símbolo de sustentabilidade, cultura e inovação. Além de gerar emprego e renda, sua produção conserva as florestas e fomenta o desenvolvimento das comunidades locais”, afirma Ricardo Gomes, gerente de Desenvolvimento Territorial do Instituto Arapyaú. 

Para Cristiano Villela, diretor científico do CIC, a iniciativa ajudará a atrair parceiros internacionais que possuem compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). “Há uma crescente demanda global por produtos agrícolas que respeitem o meio ambiente e não resultem em desmatamento. E o cacau brasileiro está bem posicionado para atender a essa necessidade”, explica Villela. 

O movimento setorial inclui ainda ações de capacitação de produtores de cacau, com treinamentos dedicados a práticas agrícolas sustentáveis, além de estratégias para atração de importadores e moageiras de mercados exigentes. Também há um forte foco na conscientização sobre os benefícios do cacau sustentável e na colaboração com políticas públicas que fortaleçam a cadeia produtiva. 

Anna Paula Losi, presidente executiva da AIPC, ressalta que a união de esforços públicos e privados é essencial para tornar o Brasil um protagonista no mercado internacional, com a ampliação das exportações do cacau sustentável. “Estamos preparados para aumentar a produção e responder à crescente demanda mundial, sempre com foco na sustentabilidade e na inclusão das comunidades locais nessa cadeia”, afirma.

Giulie Carvalho

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