Desde 2018, o cacau produzido no sul da Bahia é certificado com o registro de Indicação Geográfica (IG), especificando e atestando a procedência e qualidade do produto. Hoje, as amêndoas da região são reconhecidas pela qualidade e também por, na maioria das vezes, serem produzidas de forma sustentável, contribuindo com a preservação da Mata Atlântica. Nos últimos 18 meses, a produção do sul da Bahia associada à Indicação Geográfica (IG sul da Bahia) comercializou 87 toneladas de cacau com certificação de origem.
Entre os critérios para ser considerado cacau com selo IG estão: ser originário de áreas de Cacau Cabruca ou Sistemas Agroflorestais tradicionais, não apresentar teor de umidade superior a 8%, aroma natural livre de odores e matérias estranhas, fermentação de no mínimo 65% (de amêndoas totalmente marrons), não ter máximo de 15% de sub-fermentadas, respeitando percentagem máxima de 3% para mofo interno, inseto, germinadas, achatadas e 1% máxima de ardósia. O cacau é rastreado em todas as suas etapas de produção e atende aos critérios estabelecidos e que constam em cadernos técnicos com todas as especificações, distribuídos na região. Também são vistoriadas as propriedades para observar condições de trabalho, moradia e respeito à legislação ambiental. Desta forma, o cacau é aprovado para levar a certificação e comercializado com maior valor agregado.
A Associação Cacau Sul Bahia-IG Cacau é uma federação formada por 16 instituições representativas com um total de 3.460 associados e é atualmente a mais abrangente associação da cadeia do cacau e chocolate no sul da Bahia. Em 2021, já existe uma demanda prévia mínima de 75 toneladas de cacau com certificação da IG.
A certificação foi tema de reportagem do portal Cacau e Chocolate.
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