No 13º Congresso GIFE, em Fortaleza, especialistas, lideranças comunitárias e organizações para discutiram caminhos do investimento social privado no Brasil. Crédito: Acervo
Entre os dias 7 e 9 de maio, especialistas, lideranças comunitárias e representantes de organizações da sociedade civil se reuniram em Fortaleza (CE) para o 13º Congresso GIFE. Com o tema “Desconcentrar Poder, Conhecimento e Riquezas”, o evento teve o propósito de impulsionar novas práticas e redefinir o papel do terceiro setor na promoção de uma sociedade mais justa, debatendo os caminhos do investimento social privado no Brasil, a fim de fortalecer organizações, ampliar as equidades sociais e impulsionar soluções para um futuro sustentável e democrático.
1200 participantes presentes em 30 mesas debateram soluções que estão sendo construídas coletivamente para alguns dos maiores desafios contemporâneos, como a crise climática. Na agenda do congresso, o Instituto Arapyaú realizou um painel sobre a bioeconomia como matriz de desenvolvimento econômico e social na Amazônia, em parceria com a Uma Concertação pela Amazônia, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e o Instituto Itaúsa.
O Arapyaú também esteve presente em um debate sobre as propostas para a filantropia potencializar a transição para sistemas alimentares justos e sustentáveis, abordando abordar a necessidade de fortalecer instrumentos financeiros da política agrícola para ampliar o acesso de pequenos produtores que hoje não conseguem crédito.
“Esse congresso reforça que nenhuma organização é capaz de propor sozinha soluções para os problemas que enfrentamos e que tendem a ser cada vez mais complexos. Fazer junto e estar atento às pessoas dos territórios é imprescindível”, ressalta Débora Passos, gerente de planejamento e governança do Arapyaú.
Isso também ficou evidente no Amazonian Leapfrogging 3.0, realizado na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, nos dias 8 e 9 de maio de 2025, quando líderes em ciência, política, finanças e negócios, sociedade civil, mídia e empreendedorismo social se reuniram para pensar modelos e estratégias de desenvolvimento para a Amazônia. Lá, o Arapyaú apresentou os bons resultados de iniciativas como o projeto Conexão Povos da Floresta, que já levou internet de banda larga a mais de 4.500 comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas da Amazônia brasileira.
O objetivo de posicionar o Brasil como um hub de soluções climáticas se fortaleceu ainda mais no Brazil Climate Summit, que aconteceu em Paris, no dia 26 de maio, com destaque para a restauração florestal. Em um encontro entre cerca de 40 lideranças do setor, foram discutidos desde os desafios de oferta, demanda e financiamento até ações concretas para posicionar a restauração como um ativo de primeira classe dentro do rol de soluções brasileiras e escalar essa atividade como modelo de negócio nos próximos anos. “Especialmente em um ano em que nosso país sediará a COP, é muito importante mostrar ao mundo que temos um pipeline maduro de projetos com soluções baseadas na natureza. E o reconhecimento, no âmbito internacional, de iniciativas apoiadas pelo Arapyaú reforça a importância do nosso trabalho”, celebra Bruna Passos, Coordenadora de Projetos e Parcerias na Cooperação Internacional.