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Em visita ao SAF Dendê, no Pará, equipe do Arapyaú que atua no sul da Bahia troca conhecimentos e experiências sobre sistemas agroflorestais

Nossa equipe esteve em Tomé-Açu (PA) para visitar o Ecoparque Natura e conhecer o projeto SAF Dendê.
Crédito: Acervo

Conversão de áreas degradadas, diversificação da produção e aumento de renda. Esses são alguns dos principais benefícios do SAF Dendê, sistema agroflorestal em Tomé-Açu, no Nordeste do Pará, fruto de uma parceria entre Natura, CAMTA (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu), Embrapa e Finep. Numa paisagem que antes era terra arrasada, florescem, junto com o dendê, cacau, açaí, andiroba, maracujá, mandioca, e outras culturas.

São mais de 180 hectares de óleo de palma cultivados de forma sustentável
Também há outras culturas, como açaí e cacau
O SAF é resultado de uma parceria entre Natura, CAMTA, Embrapa e Finep

No início de julho, a equipe do Instituto Arapyaú do sul da Bahia visitou o Ecoparque Natura para intercâmbio de conhecimentos e experiências entre os sistemas agroflorestais do cacau e do óleo de palma. Apesar da crença de que o dendê não poderia ser cultivado com outras plantas, sob a ameaça de que não teria bom crescimento e produção, 18 hectares de unidades demonstrativas foram implantadas em Tomé-Açu, em 2009. 

Hoje, são mais de 200 hectares com resultados inquestionavelmente positivos: ainda que o número de plantas de dendê por hectare seja menor no sistema agroflorestal, as palmeiras se mostraram mais saudáveis e produtivas, compensando a desvantagem numérica. Além disso, as outras plantas cultivadas com o dendê também tiveram sua produtividade aumentada, o que chamou atenção de agricultores e pesquisadores.

São pelo menos quatro cultivos prioritários numa área de SAF, gerando receita. “A experiência com o SAF Dendê demonstra a viabilidade econômica, cria corredores ecológicos, conserva ativos florestais e garante o sustento das comunidades rurais”, comenta Ricardo Gomes, gerente de desenvolvimento territorial do Arapyaú, que participou da visita. “São modelos assim que precisamos fomentar pelo país afora, apostando no desenvolvimento sustentável do agronegócio, estimulando uma economia de baixo carbono que associa produtos florestais não madeireiros da sociobiodiversidade com produtos agrícolas, respeitando a vocação de cada bioma brasileiro”, acrescenta. 

Giulie Carvalho

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