O material mapeia, por exemplo, as doenças que mais vitimam os brasileiros, os principais desafios da gestão pública e como responder a emergências, a exemplo do que ocorreu na pandemia da Covid-19. Há ainda diversos casos de sucesso em municípios brasileiros, em que a gestão pública atingiu bons resultados com o orçamento já disponível.
As propostas foram traçadas para serem implementadas na gestão municipal da saúde no quadriênio 2021-2024, e devem priorizar as áreas com mais vulnerabilidade, buscando assim um equilíbrio de competências.
Conheça as dez propostas da agenda Saúde na Cidade ou acesse www.saudenacidade.org.
1. Tornar a Atenção Básica mais resolutiva
Capaz de tratar cerca de 80% dos problemas de saúde da população. Ganha o sistema, que consegue atuar com maior eficiência, e ganha a população, com a redução do agravamento de doenças crônicas e outras condições.
2. Melhorar a Regulação em Saúde para acabar com as filas
As longas filas são o principal determinante de satisfação dos usuários do SUS, e podem ser resolvidas com um conjunto de práticas de gestão e melhora de processos, ampliando o acesso à saúde e o bem estar da população.
3. Aumentar a cobertura de Atenção Básica
A evidência nos mostra que o Programa Saúde da Família funciona. Aumentar a cobertura da política é fundamental para garantir o acesso ao sistema em componentes estruturantes, como a saúde materna e infantil e o manejo das doenças crônicas.
4. Realizar contratações de insumos e prestadores orientadas a resultados em saúde
Desenhar modelos contratuais ancorados na saúde da população.
5. Organizar carteiras de serviços, medicamentos e práticas na Atenção Básica
Alinhar os serviços, medicamentos e práticas disponíveis no município com as expectativas da população sobre o sistema e equalizar a qualidade da assistência. O aumento do escopo de práticas da enfermagem amplia a produção de serviços de saúde.
6. Treinar, capacitar e motivar a força de trabalho da saúde
Melhorar as práticas durante o ciclo da vida dos profissionais de saúde permite até seis vezes o aumento da produtividade do sistema.
7. Construir uma estratégia de monitoramento efetiva
Conjunto mínimo de dados com identificador único de usuário, melhorando a coleta, análise e tomada de decisão baseada em evidências, possibilitando uma cultura de aprendizagem em toda a gestão.
8. Criar capacidade epidemiológica para o enfrentamento das principais causas de morbidade
Reduz a transmissão de doenças infecciosas e garante que as políticas de assistência e promoção estejam ancoradas nos principais desafios de saúde da população.
9. Garantir equidade no acesso ao direito à saúde e cocriar o sistema com o usuário
Sendo o usuário do SUS seu mais importante avaliador, é preciso levar em conta sua perspectiva no diagnóstico de problemas e desenho de soluções para o sistema.
10. Instituir política de Promoção de Saúde
É preciso tratar a saúde e não a doença. A ênfase em medidas de promoção de saúde garante uma população mais saudável, com menos incidência de fatores de risco.
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