Entre os dias 5 e 7 de abril, um grupo de 35 técnicos estará em Ilhéus para conhecer a viabilidade e as iniciativas de aumento de produtividade da cabruca. O grupo, do qual o Arapyaú faz parte, é coordenado pela CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), e é composto pelos principais atores da cadeia do cacau. Na agenda, estão previstas palestras, reuniões e visitas a fazendas de cacau para acompanhar iniciativas, principalmente os resultados do Projeto Renova Cacau.
Iniciado em 2014, o Projeto Renova Cacau é realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) em conjunto com a empresa Mondelēz International, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) e produtores locais. O projeto instalou no sul da Bahia 32 áreas experimentais em lavouras com cacaueiros antigos e pouco produtivos. Após 5 anos de pesquisa, apresentou resultados contundentes sobre a viabilidade econômica da renovação da cabruca. Nos últimos dois anos, o projeto vem apresentando excelentes rendimentos: algumas áreas chegaram a alcançar produtividade acima de 3.000 kg/ha para alguns clones no ano de 2020, enquanto a média da produtividade na Bahia é de 217 kg/ha. Muitos agricultores já estão replicando os métodos adotados no experimento para renovar suas lavouras.
Nesses dias de imersão no Renova Cacau, esperamos que o grupo técnico consiga perceber e sentir os resultados do projeto, que são bastante favoráveis. A opinião desses especialistas é muito importante para nós, pois tratam-se de técnicos que conhecem a fundo o cacau e podem nos ajudar nas discussões científicas. Por último, a missão também abre a possibilidade de ampliar o projeto aqui mesmo e para outras partes do Brasil”
Dário Ahnert, agrônomo, professor e coordenador geral do Projeto Renova Cacau
Além das visitas às fazendas do projeto, a missão também reunirá especialistas e consultores em cacau para fortalecer o recém-criado GTEC do Cacau. “Assim como o Grupo Técnico do Café, estamos consolidando o GTEC do cacau para promover estudos, trocas de experiências, discussões técnicas e o consequente desenvolvimento da cacauicultura no país”, explica Eduardo Sampaio, consultor da CocoaAction.