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Iniciativa Amazônia Possível lança guia dos 10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável

A iniciativa Amazônia Possível lançou, no dia 12 de agosto, o guia dos 10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável. O documento traz os pontos fundamentais para empresas que atuam ou planejam operar no território de maneira responsável, reforçando o entendimento de que é possível conciliar o caminho para uma economia sustentável, conciliando desenvolvimento e preservação.

A iniciativa – composta pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Instituto Arapyaú, Instituto Ethos, Rede Brasil do Pacto Global da ONU e Sistema B – mapeou os principais desafios enfrentados pelas empresas em suas operações na região e bons exemplos empresariais, por meio de uma chamada pública.

A proposta surgiu em resposta às queimadas na Amazônia e nasceu em evento paralelo ao Climate Action Summit do da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 23 de setembro de 2019, em Nova York.

“Com base nestes princípios é possível preservar e produzir aproveitando o potencial dos serviços ecossistêmicos do Brasil e os recursos biológicos da biodiversidade, para assim melhorar a situação econômica da região – com inclusão social das populações amazônicas – a infraestrutura local e a segurança e garantir o atendimento dos compromissos brasileiros no âmbito do Acordo de Paris, e buscando alcançar as metas dos objetivos sustentáveis da Agenda 2030”, destaca o documento. 

Atualmente, mais de 90% do desmatamento na Amazônia é ilegal. A perda de cobertura florestal na Amazônia ameaça o equilíbrio ambiental global, prejudica a imagem reputacional do Brasil no exterior e consequentemente impacta a economia do país de maneira negativa.

Confira aqui o documento completo.

Leia também a reportagem da Exame sobre a iniciativa.

10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável

  1. Eliminar o desmatamento ilegal na sua cadeia produtiva e trabalhar para reduzir o desmatamento legal, promovendo modelos de negócio que valorizem a floresta em pé.
  2. Adotar políticas corporativas e plano de gestão empresarial que promovam mitigação e adaptação às mudanças climáticas em suas operações diretas e na sua cadeia.
  3. Adotar políticas corporativas e plano de gestão empresarial que promovam uso sustentável dos recursos da natureza e preservação da biodiversidade.
  4. Respeitar os direitos humanos em suas atividades, cadeia produtiva e comunidades, dedicando especial atenção aos grupos vulneráveis. Quando necessário, oferecer mecanismos eficazes de remediação.
  5. Assegurar os direitos trabalhistas em todas as etapas da sua cadeia.
  6. Garantir o comércio justo de produtos e serviços em todas as transações de mercado.
  7. Fortalecer comunidades e fornecedores locais, por meio da capacitação e da geração de emprego e renda, promovendo impacto social e econômico positivo na região.
  8. Investir em pesquisa e desenvolvimento para uso sustentável dos recursos naturais, fomentar a bioeconomia de floresta em pé e soluções baseadas na natureza, reconhecendo e valorizando o conhecimento de comunidades tradicionais e indígenas.
  9. Estabelecer diálogo multissetorial para compreender demandas regionais e fortalecer o desenvolvimento sustentável territorial.
  10. Garantir a rastreabilidade da cadeia produtiva e assegurar a transparência dos impactos da sua atuação para a sociedade.
Carmen Guerreiro

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