Para o grupo de fellows do Instituto Arapyaú, 2024 foi um ano de consolidação de diálogos e estratégias sobre desenvolvimento sustentável e possibilidades de mudança de realidades na Amazônia e na Mata Atlântica a partir de soluções baseadas na natureza. A consolidação da rede Uma Concertação pela Amazônia, iniciativa incubada pelo Arapyaú, como um espaço político de debate sobre esse território é motivo de celebração para o grupo, composto por Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente; Vanda Witoto, professora, enfermeira e líder indígena; a jornalista Andréia Coutinho Louback; o advogado Adnan Demachki e Mariano Cenamo, cofundador do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável (Idesam).
Em 2025, o grupo pretende aprofundar os estudos sobre a relação entre inteligência artificial (IA) e sustentabilidade e sobre as oportunidades e estratégias para o fomento da bioeconomia na Amazônia. “Consideramos a IA a maior revolução da história e acreditamos que ela pode potencializar ações em defesa do clima, promovendo uma transição mais justa e eficiente para uma economia verde”, comenta Adnan.
A discussão sobre clima já não gira em torno de como manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C, mas dos esforços necessários para voltarmos a esse limite. Nesse cenário, Izabella Teixeira considera que a inovação terá o papel de conectar as políticas de adaptação e as realidades de transição energética e transição climática. “O Arapyaú deverá se dedicar mais a entender que novos instrumentos e ferramentas ajudarão na capacidade de adaptação no curto prazo e no desenvolvimento econômico pautado em uma nova relação com a natureza”, diz ela.
Com a COP 30, em Belém, no horizonte, os fellows também querem desenvolver ações que estimulem a valorização dos produtos da floresta, gerando emprego e renda em seus territórios. O objetivo é reforçar os laços entre ciência, políticas públicas e o setor privado, transformando ideias inovadoras em ações transformadoras de real impacto. Para Vanda Witoto, essa é uma oportunidade de dar protagonismo aos povos originários. “Um dos nossos projetos é fortalecer a participação das mulheres indígenas na COP 30”, conta.
Com os olhos do mundo voltados para o Brasil, 2025 será um ano de muitas oportunidades na agenda da bioeconomia. Mariano Cenamo destaca que, para colher bons frutos desse momento, é preciso apostar em pesquisa, desenvolvimento e inovação, construir pontes diretas entre empreendedores de fora e de dentro da Amazônia e criar estratégias de atração de capital privado e filantrópico. “Este ano, todos querem dizer que fazem alguma coisa pela Amazônia. Nosso papel é cobrar e garantir que isso seja realidade”, afirma.
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