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MapBiomas Cacau avança no mapeamento da cabruca

Foto: Divulgação

O MapBiomas Cacau lançou a primeira versão do mapa de cultivo sombreado de cacau abrangendo 83 municípios do sul da Bahia. Feito entre maio de 2021 e abril de 2023, o mapeamento buscou superar o desafio técnico de distinguir áreas de cultivo sombreado de cacau daquelas cobertas por vegetação nativa não manejada. O mapeamento trouxe descobertas importantes para a cadeia do cacau e para o planejamento do território.

O estudo estima que aproximadamente 11% do território seja coberto por cultivo sombreado de cacau, 35% por floresta (incluindo silvicultura) e pouco mais da metade por outras classes (água e áreas não florestadas, como áreas urbanas, áreas naturais não florestais, pasto e outros cultivos agrícolas).

Foto: Divulgação

A área total estimada de cultivo de cacau foi de mais de 6 mil km2, concentrados no leste, norte e região central do território estudado. O município com maior área estimada de cultivo sombreado de cacau é Ilhéus, seguido por Belmonte, Una e Camacã. O levantamento trouxe ainda uma estatística relevante: 43% da área mapeada encontra-se em propriedades inseridas no CAR.

O relatório da iniciativa também trouxe análises de dados de  desmatamento nos mesmos municípios monitorados entre 2019 e 2022 disponibilizados publicamente pelo MapBiomas Alerta. Segundo o relatório, não se observou uma tendência clara de crescimento ou de redução do desmatamento no período. Os municípios com maiores áreas de alertas de desmatamento no período foram Canavieiras, Santa Luzia, Belmonte, Itagibá e Camacan. Nesta etapa, a iniciativa contou com o financiamento do CocoaAction Brasil, do Instituto Arapyaú e do Ministério Público da Bahia.

Também houve a colaboração de pesquisadores, alunos e funcionários da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSB), do Centro de Inovação do Cacau (CIC), da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e da Tabôa Fortalecimento Comunitário.

Fernanda Carpegiani

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