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Movimentos em redes e paisagens: porque precisamos agir em conjunto

Imagem: Fernanda Rennó

Os desafios contemporâneos têm exigido que a sociedade se reinvente e crie novas formas de organização. Uma das soluções são os movimentos em rede, em que a atuação conjunta supera os resultados de várias ações individuais isoladas.

Baseados na experiência da criação da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, Fernanda Rennó, Renata Piazzon, Thais Ferraz e Roberto S. Waack – respectivamente, consultora, diretoras e presidente do Conselho do Instituto Arapyaú – propõem, em um artigo publicado no portal Página22, duas abordagens para a formação e o funcionamento desses coletivos. Os autores defendem que tais movimentos precisam ser pensados, desenhados e implementados considerando, além do problema a ser resolvido, os diferentes atores e o contexto no qual estão inseridos, de forma a superar os desafios inerentes a esse tipo de articulação. 

A primeira abordagem admite a organicidade e o caos a que esses movimentos estão submetidos, mas propõe um método que promete trazer mais eficiência ao grupo. A sugestão é que os movimentos sigam um padrão de desenvolvimento em que há um trânsito contínuo e dinâmico entre quatro fases: formação (Forming), quando as pessoas se encontram e começam a interagir; tormenta (Storming), fase em que surgem ambiguidades, contradições e divergências dentro do grupo; normatização (Norming), quando, a partir da formação de consensos e convergências, se consolidam os primeiros princípios; e desempenho (Performing), momento em que o grupo passa a realizar entregas e colher resultados. 

A segunda abordagem visa a lidar com as dicotomias entre o técnico-científico e o sensível. O objetivo é garantir a presença de elementos que ficam de fora de uma perspectiva somente racional. Para superar os limites da racionalidade, Fernanda Rennó, idealizadora da abordagem, propõe uma visão de mundo baseada em paisagens, entendidas como uma imagem construída por um observador de uma porção de espaço. A abordagem sugere que os movimentos enxerguem tanto os elementos que ali estão, quanto a relação entre eles e os observadores. Para isso, é necessário a inclusão de múltiplos e variados sujeitos, que, a partir de suas respectivas histórias e experiências, trarão diferentes informações sobre um mesmo espaço.

Leia o artigo completo na Página22.

Carmen Guerreiro

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