Estímulo a medidas mais eficazes contra a transmissão
Ricardo Lins Horta, gestor público federal e um dos idealizadores da campanha, explica que teremos que nos preocupar com a prevenção ainda por um bom tempo. “As formas de prevenção que se adotava são muitas vezes pouco eficazes”, explica. Exemplo disso, segundo ele, é a medição de temperatura das pessoas na porta de estabelecimentos. “É um gasto imenso de recursos públicos e privados com uma medida que sabemos hoje que é pouco eficaz, porque boa parte das pessoas que transmitem a covid-19 são pré-sintomáticas ou assintomáticas, ou seja, elas não têm febre.”
A campanha também quer estimular a agilidade na mudança de estratégias de combate ao vírus e, com isso, reduzir a transmissão enquanto a população continua a ser vacinada. Ricardo ressalta que, apesar de existirem diversas medidas de prevenção, hoje se sabe que três delas são principais, exigem pouco investimento e devem ser divulgadas o máximo possível: o uso correto e adequado de máscaras, a ventilação dos ambientes e o distanciamento social.
Foco em comunicação
Outra preocupação da ação é com a forma de disseminar as informações para a população de maneira atrativa e simples. Para isso, foram criadas peças de comunicação editáveis e de fácil uso para que os gestores públicos possam adaptá-las à sua realidade.
Desde que foi lançada, a iniciativa já ganhou destaque em diversos veículos de imprensa, como o Jornal Nacional e o portal UOL. Segundo Ricardo, a campanha está começando um segundo ciclo, com capacitações específicas voltadas para gestores locais e agentes de saúde, para apresentar o material e responder eventuais dúvidas.
Assista à gravação da mais recente oficina virtual com agentes comunitários de saúde, realizada pelos especialistas Cláudio Maierovitch, médico sanitarista da Fiocruz e EPPGG; Márcia Castro, cientista e professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard (Estados Unidos); Ilda Correia, presidente da Conacs; Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont (Estados Unidos); Gabriela Lotta, professora e pesquisadora da FGV; e Michelle Fernandez, professora e pesquisadora da UnB.
O desafio atual da campanha, afirma Ricardo, é conseguir chegar a um número máximo de municípios em um contexto de excesso de informações. Para isso, contam com uma rede de parceiros, como a Impulso, a Vital Strategies, o Instituto Alziras, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (CONECTAR).
Todo o conteúdo da ação está disponível na plataforma CoronaCidades.