O Projeto Cacau+Sustentável, iniciativa do Instituto Arapyaú em parceria com a Suzano, ganhou novos horizontes com a ampliação de suas atividades no extremo sul da Bahia. O projeto, que visa a fortalecer a cacauicultura brasileira e promover a inclusão socioprodutiva sustentável, contará com investimento de R$2,1 milhões da Suzano, com a expectativa de alavancar o impacto em até quatro vezes esse valor. A parceria pretende beneficiar diretamente 360 famílias produtoras de cacau, alcançando cerca de 1.080 pessoas na região.
O grande foco do Cacau+Sustentável é a implementação de sistemas agroflorestais (SAFs), que combina o cultivo de cacau com outras culturas permanentes como banana e açaí, além de promover a recuperação de áreas degradadas e aumentar a segurança econômica dos agricultores. O projeto também inclui ações de apoio técnico, fundamentais para o planejamento e monitoramento dos investimentos, buscando garantir maior produtividade e sustentabilidade financeira a longo prazo.
“Arranjos como esse são essenciais para o avanço de uma agenda de país pautada em modelos sustentáveis. Muitos desses produtores-alvo da iniciativa buscam adotar práticas agroecológicas, frequentemente questionadas quanto à eficiência produtiva e ao retorno financeiro. O projeto demonstra que esse modelo é altamente viável para atender às necessidades desse perfil de agricultores”.
– Ricardo Gomes, gerente de desenvolvimento territorial do Instituto Arapyaú.
No curto prazo, o projeto incentivará a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e de baixo custo, como o consórcio de culturas de ciclo curto — como mandioca e hortaliças — para gerar fluxo de caixa enquanto o cacau se estabelece. O incentivo ao beneficiamento da amêndoa de cacau também é uma estratégia para agregar valor ao produto, podendo dobrar o preço de venda quando comparado ao cacau commodity.
A parceria também pretende estabelecer conexões estratégicas entre os produtores e empresas privadas comprometidas com cadeias produtivas sustentáveis do setor de cacau e chocolate. Relações comerciais estáveis e justas são um incentivo a práticas produtivas mais sustentáveis.
Giordano Bruno Automare, gerente executivo de Desenvolvimento Social da Suzano, destaca que a iniciativa está alinhada aos compromissos de longo prazo da empresa, que incluem a meta de tirar 200 mil pessoas da linha da pobreza até 2030.