Parceria entre Uma Concertação pela Amazônia e Wilson Center busca alternativas sustentáveis na Amazônia

Reprodução do vídeo institucional de 2021 do Instituto Arapyaú

A crise climática no Brasil não pode ser gerida adequadamente sem enfrentar as causas econômicas e sociais do desmatamento na Amazônia. Essa é uma das conclusões do recém-lançado relatório “Diálogo Brasil-EUA sobre Sustentabilidade e Mudanças Climáticas”. Fruto de conversas entre representantes da Uma Concertação pela Amazônia e pesquisadores, diplomatas e políticos ligados ao Brazil Institute do Wilson Center, o relatório discute formas de cooperação e de desenvolvimento para a região, num cenário em que as “economias florestais amazônicas” progridam no sentido da preservação do bioma, e não como sinônimo de degradação.

As conversas para discutir o potencial de cooperação entre Brasil e EUA foram baseadas em quatro eixos: redução das emissões de carbono; financiamento da proteção da floresta tropical; agricultura sustentável; e parcerias indígenas. O principal objetivo é recomendar forte ação para reduzir o desmatamento, a partir do aumento no financiamento (público e privado) para preservar a floresta e esforços para criar indústrias sustentáveis na região. No último ano, houve o aumento de 22% no desmatamento da Amazônia, maior taxa em 15 anos.

O relatório também pontua que o governo federal brasileiro não deve ser o único interlocutor com a comunidade internacional no que se refere à redução das emissões de carbono na Amazônia. Em entrevista ao Valor Econômico, Francisco Gaetani, participante da Concertação, fellow do Instituto Arapyaú e um dos articuladores do fórum, diz que este diálogo permitiu uma aproximação de interlocutores brasileiros e americanos na discussão ambiental. “Existem outras forças na sociedade brasileira que estão se movendo, no setor empresarial, na academia, na sociedade civil”.Confira a matéria do Valor Econômico na íntegra.