O cenário de crise instaurado com o novo coronavírus tem afetado as perspectivas de futuro de toda a população, em especial dos jovens, que representam um quarto dos brasileiros e sofrem mais com o desemprego: cerca de 30% deles dizem considerar o abandono dos estudos após a pandemia, quase metade pode desistir do Enem e 40% tiveram sua renda reduzida (o número aumenta quando consideramos a família do entrevistado).
Esses são alguns dos resultados da pesquisa Juventudes e Pandemia do Coronavírus, realizada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) em parceria com diversas instituições, entre elas nossos parceiros da Em Movimento. O estudo ouviu mais de 33 mil jovens de todas as regiões do país com jovens de 15 a 29 anos. As questões focaram quatro temas: economia, saúde e bem-estar, educação, e perspectivas para o futuro.
O stress elevado no cenário de incertezas também se destacou entre as respostas dos participantes: sete em cada 10 disseram que seu estado emocional piorou por causa da pandemia, e os sentimentos mais marcantes para eles durante o isolamento social são ansiedade, tédio e impaciência. Suas principais preocupações no momento estão relacionadas à doença: perder um familiar (75%), ser infectado pela Covid-19 (48%) e infectar outras pessoas (45%) são os receios mais citados entre os participantes.
O vice-presidente do Conjuve, Marcus Barão, acredita que a pesquisa pode ser usada por gestores para a elaboração de políticas públicas com foco na juventude, algo importante para ajudar o país a se recuperar da crise após a pandemia.
A metodologia usada para realizar a pesquisa foi a PerguntAção, desenvolvida pela Rede Conhecimento Social, que envolve o público alvo em todas suas etapas. No final de abril, 18 jovens de diferentes realidades e origens foram mobilizados para colaborar. Eles se reuniram virtualmente para ajudar a construir o questionário, apoiaram na divulgação da pesquisa para outros jovens e, posteriormente, realizaram outro encontro para analisar os resultados. “As oficinas, pela primeira vez realizadas totalmente à distância, foram muito ricas, pois possibilitaram trocas de experiência entre jovens de contextos bastante diferentes, que estão vivenciando a pandemia de formas variadas. Ao analisarem coletivamente os resultados da pesquisa da qual eles são coautores, agregaram suas perspectivas e ajudaram a traduzir o que cada resposta significa para jovens e como elas podem ser úteis para apoiar programas voltados às juventudes”, diz Marisa Villi, diretora executiva da Rede Conhecimento Social.
A participação no levantamento se deu por adesão, em resposta ao convite enviado pelas organizações parceiras desta iniciativa e por outras instituições e redes que atuam com juventudes. Durante a coleta de dados, foi realizado um monitoramento diário que influenciou o trabalho de mobilização para as respostas, com o objetivo de garantir diversidade geográfica, de faixa etária, gênero e cor/raça entre os participantes. Posteriormente, também foi realizado um trabalho de ponderação dos dados para evitar distorções em relação ao grupo que participou da pesquisa e a distribuição de jovens brasileiros de 15 a 29 anos em todos os Estados Brasileiros, tendo como referência a Pnad Contínua 2019 (IBGE).
Confira os resultados completos da pesquisa em juventudeseapandemia.com.
A pesquisa foi tema de reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo. Assista em https://globoplay.globo.com/v/8644436/programa/.
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