Plenária de Uma Concertação pela Amazônia congrega visões da Amazônia Brasileira e da Pan-Amazônia

Cena do "A Queda do Céu"
Cena do “A Queda do Céu”, da Aruac Filmes. Erick Rocha e Gabriela Cunha, diretores e idealizadores do longa-metragem foram convidados da plenária.

Com o tema “Pan-Amazônia: entre o céu e a terra”, a quinta plenária de Uma Concertação pela Amazônia, realizada no dia 14 de maio, reuniu atores internacionais para discutir os principais desafios e oportunidades da região, que abrange, além do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, as Guianas, Peru, Suriname e Venezuela. Desta vez, a plenária foi conduzida pelo Instituto humanize, parceiro do Arapyaú no impulsionamento da rede que hoje compõe a Concertação, inaugurando um rodízio de lideranças desses encontros. 

Durante a abertura da plenária, José Roberto Marinho, presidente do humanize, enfatizou a necessidade de união social em prol da retomada de políticas ambientais que garantam a floresta em pé. Também mencionou as recentes tentativas de flexibilização da legislação ambiental no país. 

René Beuchle, especialista em sensoriamento remoto e pesquisador do Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia, trouxe à plenária um estudo sobre a degradação e o desmatamento da Pan-Amazônia em 2020. 

O encontro também contou com a visão de José Javier Gomez, coordenador da Divisão de Desenvolvimento Sustentável da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) em Santiago, no Chile. Gomez, estudioso da Pan-Amazônia, afirmou que frear o desmatamento deve ser um ponto urgente de convergência entre os países da região.

Já Candido Pastor, da Conservação Internacional (CI) na Bolívia, sublinhou a importância dos povos indígenas nesse sentido, mas apontou a falta de fluxos de financiamento climático desses atores – o que acaba abrindo caminho para exploração de agentes externos nesses territórios, como garimpeiros.