No sul da Bahia, as agroflorestas de cacau, conhecidas como cabrucas, demonstram como o cultivo do cacau sob a sombra das árvores da Mata Atlântica pode coexistir com a conservação ambiental. As cabrucas não só fornecem alimentos e matérias-primas, contribuindo para a subsistência e renda dos agricultores, mas também servem como refúgio para a biodiversidade, abrigando inúmeras espécies de plantas e animais. As agroflorestas de cacau desempenham ainda um papel crucial na regulação de processos ecológicos, como o controle de erosões e absorção do fluxo de água.
A importância das cabrucas é o foco da mais nova série de conteúdos do projeto Educacau, iniciativa da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) que visa disseminar informações de qualidade, contribuindo para a compreensão do mercado sobre a cadeia produtiva do cacau ao chocolate. O material inclui um vídeo-motion e um podcast com a participação de Ricardo Gomes, gerente de Desenvolvimento Territorial do Instituto Arapyaú. “A parceria com a AIPC nos permitiu contribuir para a construção da narrativa desse conteúdo. Destacamos, sobretudo, o valor da Cabruca no aspecto dos serviços ecossistêmicos, sem deixar de considerar a importante abordagem social desse sistema produtivo”, explica.
O fortalecimento dos laços entre o Arapyaú e a AIPC teve início há mais de sete anos, motivado pela convergência de interesses em promover a sustentabilidade da produção primária do cacau e a valorização dos trabalhadores rurais. “Nossas agendas se encontram também nesse olhar mais apurado para a eficiência da cadeia produtiva, onde o trabalho do Instituto é mais focado na melhoria de vida dos agricultores familiares e assentados”, destaca Ricardo.
O vídeo-motion já está disponível nas redes sociais da AIPC, assim como o podcast com o tema Cabruca.
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