Representado por sua diretora executiva Thais Ferraz, o Instituto Arapyaú participou do Rio2C, um dos maiores encontros de criatividade e inovação da América Latina — que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 11 a 16 de abril. Novidade desta edição, o evento dedicou um de seus onze palcos (que se dividem em recortes e segmentos da indústria criativa) para falar de sustentabilidade.
Para Thais Ferraz, o destaque em um evento de inovação do tamanho do Rio2C representa uma evolução no debate brasileiro e demonstra que o interesse pelo tema no setor empresarial está aumentando. A diretora-executiva participou do painel “Desenvolvimento Sustentável: os Ecossistemas para além dos Negócios”, ao lado do Co-CEO da Dengo Chocolates, Estevan Sartoreli, e da atriz e comunicadora socioambiental, Laila Zaid.
Os painelistas discutiram os limites do desenvolvimento e as oportunidades para criar redes transformadoras, capazes de impulsionar soluções sistêmicas e escaláveis, que respondam aos desafios socioambientais de hoje. No campo dos negócios, Thais Ferraz e Estevan Sartoreli destacaram a participação do consumidor e o quanto ele pode ser protagonista nas escolhas diárias dos produtos que consome, priorizando a sustentabilidade.
“Não podemos esquecer, é claro, do papel dos negócios. Só eles, porém, não dão conta de toda a transformação social que precisa ser feita. Daí a importância da atuação em rede”, disse Thais. Ela também ressaltou o papel fundamental das políticas públicas para o impulsionamento e escala dos impactos socioambientais nos territórios.
Cacau de qualidade
O exemplo do cacau no sul da Bahia foi apresentado como referência de como a atuação em rede pode impulsionar transformações sistêmicas. O Arapyaú mobilizou atores diversos para tornar a cadeia do cacau um modelo produtivo sustentável. Na região, os cacaueiros são plantados sob as sombras de árvores nativas da Mata Atlântica, sistema agroflorestal conhecido como cabruca. Esse modelo de produção já tinha vários benefícios ambientais, mas, para que fosse sustentável de fato, era necessário gerar um aumento de renda para os produtores.
Foi nesse contexto que nasceu a iniciativa CRA Sustentável, que concede acesso à crédito e assistência técnica para que pequenos produtores consigam melhorar sua produtividade e qualidade. Concebido em 2020 pela ONG Tabôa em parceria com os institutos Arapyaú e Humanize e o Grupo Gaia, o projeto pioneiro já beneficiou mais de 200 famílias na Bahia. “O cacau de qualidade é vendido por um valor mais alto. Nas cadeias de bioeconomia, em que já existem os benefícios ambientais, quanto maior o valor agregado ao produto, melhor para a cadeia e produtores”, explica Thais.
Segundo Estevan, a Dengo Chocolates foi uma consequência desse trabalho. A marca de impacto social se dedica a criar uma cadeia mais justa e compra o cacau produzido no sistema da cabruca e de mais valor agregado, gerando mais renda para os produtores e auxiliando na viabilidade econômica e social de um modelo sustentável que transforma realidades.
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