Com foco nos desafios da transição energética, a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia promoveu o encontro “Energia e Floresta: perspectivas da transformação ecológica para as Amazônias”, no dia 11 de dezembro. Mediado pelas secretárias-executivas Fernanda Rennó e Lívia Pagotto, o debate virtual contou com a participação de representantes do governo federal, da sociedade civil e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
A plenária teve como ponto central a discussão dos dilemas que o Brasil precisa enfrentar na transição para uma energia limpa: como aumentar a capacidade do país na produção mineral (imprescindível na transição) com o menor impacto a biomas e comunidades locais.
O custo da tão esperada transição energética para suprimir as emissões de carbono na atmosfera e limitar o aquecimento global 1,5 °C até 2050 extrapola a dimensão financeira. “O processo de escolha precisa envolver a sociedade civil, e qualquer projeto de energia, mineração e infraestrutura deve resultar em desenvolvimento local para a região”, afirmou Bruno Gomes, fundador da Humana, agência especializada em desenvolvimento territorial, e facilitador no Grupo de Trabalho de Mineração da Concertação.
O secretário de Planejamento e Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, expôs as dificuldades enfrentadas no desenho de políticas de transição energética. “Estamos construindo políticas que passam por biocombustíveis, energia eólica e solar, biogás, geração distribuída e toda a infraestrutura de energia limpa necessária para que possamos reduzir a dependência de combustíveis fósseis. “Percebemos que esse processo é a ponta de um iceberg. A transição energética traz um baita desafio local”, admitiu Barral no encontro.
A cobertura completa sobre a plenária está disponível na Página22.
A Concertação também realizou o webinar sobre uso do investimento híbrido como meio de potencializar as oportunidades econômicas da Amazônia Legal. Com o tema “Investimento para as Amazônias: Financiamento Híbrido”, o seminário realizado em parceria com a Página22 ocorreu no dia 21 de novembro, com o apoio do Instituto Amazônia+21.
Mediado pelas secretárias-executivas da Concertação, Fernanda Rennó e Lívia Pagotto, o webinar discutiu barreiras jurídicas, regulatórias e técnicas que ainda se interpõem entre os recursos e os empreendimentos que poderiam acessar projetos de impacto socioambiental por meio do blended finance.
Apesar do potencial do blended finance, os participantes do webinar reconhecem que este não é uma solução única para os desafios da Amazônia. Enfrentando ainda a necessidade de produzir conhecimento, fortalecer a capacidade local, criar políticas públicas e lidar com desafios sociais, a região precisa de esforços multidisciplinares. A sociedade civil é vista como peça fundamental, e o papel de cada indivíduo é comparado a uma peça em um quebra-cabeça, um passo à frente na construção do futuro da Amazônia.
Confira a cobertura completa sobre o seminário.
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