Transição para uma economia bio-sustentável é tema de reunião na Chatham House

Em encontro promovido pela Chatham House, think tank com sede em Londres voltado para a discussão das mudanças do mundo contemporâneo, especialistas e líderes de diversas áreas se uniram para debater a transição da economia industrial para uma bioeconomia sustentável. Parte de um projeto maior que tem entre os seus apoiadores o Instituto Arapyaú, o evento destacou a necessidade urgente de se  valorizar o capital natural como parte íntegra da economia global.

As discussões abordaram como as mudanças climáticas e a degradação ambiental estão impulsionando a busca por soluções baseadas na natureza e a utilização responsável dos recursos naturais. Temas como Nature Based Solutions, bioeconomia e restauração florestal estiveram na pauta, que destacou não apenas os desafios, mas também as oportunidades para inovação e crescimento econômico. “A base da mudança da Era Industrial para a Biológica, ou bio-age, é premissa de que as atividades humanas devem ser nature positive – ou seja, capazes de criar, e não destruir, capital natural. Mas como esse processo vai se dar? Quais são as principais alternativas de produtos, de tecnologias, de políticas públicas para que isso aconteça? Quais são as grandes transformações que devem ocorrer no mundo no uso de produtos derivados de combustíveis fósseis, por exemplo?”, pontua Roberto Waack, presidente do Conselho do Arapyaú, que esteve presente no encontro. “A tradição da Chatham House é analisar tendências e como essas tendências podem ser traduzidas em grandes políticas públicas e em movimentos do setor privado e financeiro.”

O relatório resultante destas discussões, que será publicado em breve, promete fornecer insights para orientar políticas públicas e práticas do setor privado em direção a um futuro mais sustentável.