A FGV In Company e a revista GV-executivo promoveram um webinar em junho para discutir “Caminhos para Sustentabilidade” no Brasil, com a presença de Lívia Pagotto, gerente sênior de conhecimento do Instituto Arapyaú; Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces); e Aron Belinky, mestre em Administração Pública e Governo pela EAESP/FGV.
Monzoni trouxe para o debate o que ele e Fernanda Carreira, também pesquisadora do FGVces, chamaram de “o metaverso do ESG”: o risco de que o compromisso com as boas práticas ambientais, sociais e de governança fique restrito à publicação de relatórios “no padrão ESG” para investidores que se tornaram conscientes. Ele afirma que incorporar o ESG na estratégia empresarial de fato implica mudar o paradigma e a lógica de fazer negócios.
Já Belinky alertou para a importância de se diferenciar o ESG (rótulo que, muitas vezes, por falta de critérios, abre espaço para o chamado greenwashing) e a sustentabilidade empresarial, tema do seu texto “O seu ESG é sustentável?”.
Lívia uniu as reflexões sobre ESG com a necessidade de uma nova governança ambiental, assunto de artigo escrito em parceria com a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Segundo ela, para lidar com a complexidade de inovações, a emergência climática e a velocidade das transformações no mundo, diferentes paradigmas de desenvolvimento e modelos de governança em sustentabilidade precisam conviver — e também ser transformados. A iniciativa Uma Concertação pela Amazônia — que reúne governo, academia, setor privado e sociedade civil na busca de soluções sustentáveis para a região — é apresentada como inspiração para criação de novos arranjos de governança.
Lívia abordou ainda a oportunidade que o Brasil tem de discutir o desenvolvimento da Amazônia como tema prioritário para o planejamento e a criação de visão de longo prazo do país. “Como a gente traz a discussão de desenvolvimento da Amazônia para uma pauta de desenvolvimento do Brasil? Estamos perdendo a oportunidade de discutir esse capital natural, esse ativo que a gente tem, um patrimônio gigantesco, que precisa ser cuidado. Essa institucionalização do debate passa por qual é o papel do Estado ali e como a sociedade encontra seu espaço de contribuição dentro desse processo de institucionalização.”
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