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outubro 6, 2025

Do debate à ação, Semanas do Clima pavimentam caminho rumo a Belém

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Nosso impacto

O que o Instituto Arapyaú está fazendo para impulsionar o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia?

As Semanas do Clima ao redor do mundo estão ajudando a pavimentar o caminho rumo à COP30. Crédito: Shutterstock

Ao longo de 2025, as Semanas do Clima funcionaram como um roteiro preparatório para a COP30, em Belém (PA), com mais protagonismo do Brasil em uma agenda de ação pautada em soluções concretas, especialmente ligadas à natureza. A Semana do Clima de Nova York, especialmente, serve como um indicador da real disposição de empresas e investidores em acelerar medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 

Esses eventos são cruciais porque reúnem governos, empresas e sociedade civil para discutir e criar ações práticas para combater as mudanças climáticas, impulsionando a implementação de compromissos, fomentando inovações e networking entre especialistas e promovendo a discussão de políticas públicas, sendo um espaço fundamental para alcançar metas globais como as do Acordo de Paris. Para o Instituto Arapyaú, os temas prioritários nesses debates têm sido restauração florestal e sistemas agroalimentares. “Atendemos ao chamado da Presidência da COP30 para integrar o ‘mutirão’ em torno da construção de uma agenda propositiva, contribuindo a partir de nossa atuação em temas estratégicos como sistemas alimentares e restauração, áreas centrais para a descarbonização”, explica Bruna Mattos, coordenadora de Projetos e Parcerias de Cooperação Internacional no Arapyaú. 

O relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil, publicado pelo Arapyaú, Instituto Itaúsa e Página22, cuja segunda edição foi lançada na Semana do Clima de Nova York, é um exemplo desse esforço em prol de uma agenda de ação: o documento reúne iniciativas maduras e promissoras já em curso no território nacional, consolidando a imagem do Brasil como um país capaz de oferecer respostas práticas e escaláveis para a crise climática global. 

O principal ciclo de encontros da jornada para a COP30 começou em Londres, em junho, quando ocorreu o primeiro diálogo do Balanço Ético Global (BEG). A iniciativa, liderada pelo governo brasileiro em parceria com a ONU, marcou o início de uma mobilização mundial para integrar valores éticos ao debate climático e produzir um relatório-síntese a ser levado à COP30. No mês seguinte, Belém (PA) recebeu a primeira Semana do Clima da Amazônia, e os debates se voltaram para a bioeconomia, reafirmando o papel estratégico desse bioma no desenvolvimento sustentável e na transição para uma economia de baixo carbono. 

Logo depois, em São Paulo, em agosto, a tônica foi a aceleração de inovações climáticas, com a construção de parcerias e soluções que buscam escalar tecnologias e iniciativas já em curso. Finalmente, na Semana do Clima de Nova York, em setembro, o Brasil se destacou ao dar visibilidade a soluções baseadas na natureza e reforçar a urgência de avançar em agendas como restauração florestal, sistemas alimentares e justiça climática.

Segundo Bruna, um dos pontos mais marcantes deste ciclo de encontros foi a mobilização para o financiamento climático. “Vimos um avanço grande na discussão sobre o Tropical Forest Forever Facility (TFF), mecanismo inovador proposto pelo Brasil para remunerar países que mantêm a floresta de pé. É uma ideia que está ganhando força com governos e lideranças internacionais”, afirma.

Ela considera que o chamado da presidência da COP30 sobre a necessidade de uma mobilização ampla em torno das agendas de ação, envolvendo setor privado, sociedade civil e governos locais, também tem reverberado na agenda internacional. “O Brasil está liderando uma mobilização em favor da implementação, reconhecendo e ativando o potencial transformador de múltiplos atores — do setor público, privado e da sociedade civil. Essa virada é essencial para avançarmos na concretização dos acordos já pactuados e para promover uma ação efetiva em prol do clima, da natureza e das pessoas”, diz. 

Agora, a expectativa é que a primeira Conferência do Clima na Amazônia seja um marco de transição, não apenas em compromissos políticos, mas na implementação efetiva de estratégias para uma economia justa, regenerativa e de baixo carbono.

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