Notícias
outubro 6, 2025

Relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil ganha segunda edição, com capítulos sobre Mineração e Carbono

Compartilhe
Nosso impacto

O que o Instituto Arapyaú está fazendo para impulsionar o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia?

Lançamos a 2ª edição do relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil em Nova York, com novos capítulos sobre Mineração e Carbono. Crédito: Acervo

A crescente demanda por minerais críticos necessários à transição energética e a consolidação dos mercados de carbono como instrumento de política climática motivou a inclusão desses temas na segunda edição do relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil, elaborado pelo Instituto Arapyaú em parceria com o Instituto Itaúsa e a Página22. Após a 1ª edição lançada durante a London Climate Action Week, foi apresentado durante a Semana do Clima em Nova York, em setembro, o documento com seu escopo ampliado ao incluir os capítulos de Mineração e Carbono ao lado de Agricultura e Pecuária, Florestas, Energia e Economia Circular.

Baseado em mais de 100 entrevistas e pesquisas, o relatório reúne soluções já maduras, em ascensão e promissoras, reforçando o papel do Brasil como protagonista de uma nova economia verde. No caso da mineração, o estudo aponta que o desafio será expandir a produção desses minerais sem ampliar os impactos socioambientais. Entre as soluções, estão ganhos de eficiência energética que reduzem emissões, a adoção de energia 100% renovável no processo produtivo e técnicas inovadoras de restauração de áreas mineradas.

Já a seção de Carbono evidencia que o Brasil reúne condições únicas para se consolidar como referência nesse campo, uma vez que já lidera o mercado voluntário de carbono na América do Sul, com 40% dos projetos de créditos de carbono e 25,6% das reduções anuais de emissões na região, de acordo com a Aliança Brasil NBS. Experiências de sucesso, como os projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Florestal (Redd), que envolve projetos de conservação de florestas e manejo florestal, e Redd+, que adiciona o fator de impacto positivo para comunidades locais, como indígenas e quilombolas, reforçam esse protagonismo. Outra iniciativa são os Créditos de Descarbonização (CBIOs) do RenovaBio, desenhados como ativos financeiros emitidos por empresas produtoras de etanol ou biodiesel que demonstram reduções de gases de efeito estufa.

Empresas como a re.green, que já plantou milhões de mudas em áreas degradadas, ilustram o potencial do setor: seus contratos com Microsoft e Nestlé preveem milhões de créditos de carbono a serem gerados ao longo das próximas décadas. A gigante tecnológica, por exemplo, anunciou, em 2024, a compra de três milhões de toneladas e de 3 milhões de créditos ao longo de 15 anos. 

“Esses exemplos concretos reunidos no relatório Soluções em Clima e Natureza mostram que o Brasil não apenas possui recursos e experiência, mas também já desenvolve modelos de negócio que podem ser replicados em escala”, afirma Renata Piazzon, CEO do Instituto Arapyaú.

O novo marco legal do mercado regulado de carbono, aprovado em 2024 e ainda em fase de regulamentação, deverá impulsionar ainda mais o setor, ao lado da regulamentação do artigo 6.4 do Acordo de Paris, que permitirá a comercialização internacional de créditos. “O Brasil está em posição estratégica para liderar tanto no mercado voluntário quanto no regulado, combinando vantagens naturais com políticas públicas e inovação”, comenta Lívia Pagotto, diretora institucional do Arapyaú. 

“O país tem todas as características para ser parte da liderança de uma nova economia regenerativa, inclusiva, de baixo carbono e orientada para o futuro”, resume Marcelo Furtado, Head de Sustentabilidade da Itaúsa e diretor-executivo do Instituto Itaúsa.

junte-se a nós
na mudança

Junte-se a nós na construção de um futuro mais justo e sustentável. Sua participação é fundamental para transformar realidades e promover mudanças significativas.