Como na maior parte do país, as Secretarias de Educação do sul da Bahia se preparam para levar professores, estudantes, equipes pedagógicas e demais colaboradores de volta à escola. O início do ano letivo está previsto para a primeira semana de março e, com ele, a retomada do ensino presencial após dois anos de pandemia, quando o modelo remoto precisou ser implementado emergencialmente.
Com o intuito de reatar laços e preparar os profissionais para os desafios impostos pela covid, os municípios de Una e Uruçuca realizaram em fevereiro as Jornadas Pedagógicas, eventos anuais em que as redes educacionais se reúnem para alinhar as prioridades e iniciar o percurso de formação. Neste ano, a parceria entre o Arapyaú, o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep) e as Secretarias de Educação mobilizou as redes de educação dos dois municípios para pensar nos desafios que virão após mais de 700 dias desde o primeiro fechamento das escolas. Segundo um levantamento feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o país que manteve as escolas fechadas por mais tempo em 2020.
As jornadas envolveram mais de 500 profissionais da educação, entre diretores, professores, coordenadores e equipe técnica, que atuam em cerca de 70 escolas. Juntas, essas redes reúnem cerca de 6 mil estudantes. “Todo o processo de acompanhamento das redes durante o fechamento das escolas se mostrou fundamental para que hoje estejamos mais preparados e unidos no enfrentamento dos desafios. Vamos reaprender a viver no presencial”, comenta Carolina Paseto, coordenadora de educação no Instituto Arapyaú.
As redes de educação de Una e Uruçuca são parceiras no projeto Compromisso com a Educação Pública, que desde 2018 atua para melhorar o aprendizado em língua portuguesa e matemática e reduzir a evasão escolar, entre outras metas, que nunca foram tão prioritárias como agora. O problema é nacional. Uma pesquisa Datafolha, encomendada por Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aponta que 7 em cada 10 pais acham que seus filhos precisam de reforço escolar em língua portuguesa e matemática para compensar as perdas de aprendizagem causadas pela pandemia.
O foco para o ano letivo que inicia na próxima semana é trabalhar para recuperar as aprendizagens, priorizando a saúde mental de todos os envolvidos e a reconstrução de vínculos. Na avaliação de Carolina, o constante apoio prestado às secretarias durante a pandemia fez muita diferença. “Os processos de formação e acompanhamento ajudaram no fortalecimento das redes em momentos de muita incerteza. Isso também faz com que agora eles cheguem mais conectados com os desafios que teremos nesse retorno”.
Instituto Arapyaú participou de reunião com as ministras Marina Silva e Sonia Guajajara. Crédito: acervo.…
Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia, organizado por Idesam e Impact…
Renata Piazzon, diretora-geral do Instituto Arapyaú. Crédito: Cauê Ito. O Instituto Arapyaú recebeu, entre os…
Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio) ganhou força durante a realização do Painel Técnico-Científico…
Rede participou da 10ª Semana de Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Crédito:…