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julho 7, 2025

Amazônia, moda e soluções: Arapyaú estreia na maior semana climática da Europa e projeta Brasil rumo à COP30

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Nosso impacto

O que o Instituto Arapyaú está fazendo para impulsionar o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia?

O Príncipe de Gales durante o evento Investing for Impact, realizado pela The Earthshot Prize na London Climate Action Week. O encontro reuniu líderes globais e investidores para promover soluções ambientais de alto impacto. Crédito: Andrew Parsons / Kensington Palace

Com um público que reúne governos, empresas, organizações da sociedade civil, universidades e cidadãos, a London Climate Action Week (LCAW) é hoje a maior semana climática independente da Europa. Em sua sétima edição, o encontro, que aconteceu entre 21 e 29 de junho, teve mais de 45 mil participantes e cerca 700 eventos espalhados pela cidade. 

Criada pelo think tank climático internacional E3G, em parceria a Prefeitura de Londres, a LCAW funciona dentro de um modelo colaborativo e elencou para este ano quatro temas estratégicos: a construção de uma ambição climática rumo à COP30 (para fortalecer a cooperação, a política, a diplomacia e as finanças em busca do alinhamento em torno do limite de 1,5°C); o financiamento de uma transição climática inclusiva e resiliente; o fortalecimento de ações para uma Londres e um Reino Unido net zero e o engajamento de toda a sociedade para ações de enfrentamento às mudanças climáticas. 

O objetivo da LCAW é virar uma plataforma para inovação, mobilização e impacto climático durante todo o ano, estimulando parcerias e colaborações contínuas muito além da semana oficial.

Entre os destaques desta edição, está a divulgação do “Business Breakthrough Barometer”, que revelou que 91% das empresas mantiveram ou aumentaram seus investimentos na transição climática no último ano, e que 92% delas acreditam que o custo da inação é superior ao da ação. Segundo o estudo, as empresas estão tratando a transição como uma questão central de competitividade, e não como uma obrigação de conformidade. 

O levantamento mostrou ainda como políticas públicas claras são cruciais para essa agenda: os investimentos estão sendo direcionados sobretudo para países e setores que oferecem políticas estáveis ​​e confiáveis para estimular soluções de baixo carbono.

Para o Brasil, a semana foi mais do que visibilidade: foi uma preparação prática e simbólica para o protagonismo esperado em Belém, na COP 30. Ao conectar soluções para clima e natureza, inovação tecnológica, saberes tradicionais, diplomacia e finanças verdes, a comitiva brasileira mostrou que está pronta não apenas para sediar o evento, mas para ser uma liderança de peso na governança climática global.

Estreia do Arapyaú

Pela primeira vez, o Instituto Arapyaú participou do encontro, com uma agenda robusta e temas estratégicos, ao lado de organizações como Instituto Alana, The Earthshot Prize, Uma Concertação pela Amazônia, Brazil Creating Fashion for Tomorrow (BCFT) e Instituto Itaúsa. Em um dos painéis, o instituto mostrou como narrativas engajadoras transformam percepções, mobilizam diferentes públicos e são fundamentais para posicionar o Brasil como catalisador de mudanças rumo à COP30. 

Ao apoiar o BCFT, que levou para Londres não só designers e criadores comprometidos com valores socioambientais, mas também debates sobre alimentação, floresta e cultura, o Arapyaú falou sobre clima e colocou a Amazônia no debate pela prosperidade, pelo desenvolvimento e pelo belo. “Foi marcante ver como as boas histórias têm o poder de mover consciências e conectar as questões do clima com o dia a dia das pessoas. Agenda climática é o que a gente veste, come e celebra como cultura”, diz Renata Piazzon, diretora executiva do Arapyaú. “Outro tema potente desta edição foi a necessidade de se mostrar que não existe dicotomia entre preservar o planeta e gerar valor econômico. A natureza precisa ser competitiva – e criar mecanismos como créditos de carbono e de biodiversidade, pagamentos por serviços ambientais e valoração de ecossistemas é essencial para isso”, reforça Renata. 

No painel “From land to the Table” (Da terra à mesa), o Arapyaú trouxe exemplos de como sistemas alimentares regenerativos podem ser grandes aliados do clima. Produzir com floresta em pé, valorizando a cultura alimentar e a identidade local é parte do futuro sustentável que queremos construir. Já no “Tropical Forest Restoration” (Restauração de Florestas Tropicais), foram apontados caminhos viáveis para escalar a restauração florestal com base em ciência, políticas públicas e bioeconomia. 

O Arapyaú também aproveitou a LCAW para lançar internacionalmente o relatório Brazil’s Climate Nature Solutions (em português, Soluções em Clima e Natureza do Brasil), em parceria com o Instituto Itaúsa. O relatório, que dá visibilidade às soluções brasileiras de alto impacto e capacidade de escala, foi muito bem recebido por lideranças de governos, empresas, sociedade civil e da própria equipe da COP30. “A publicação deu muita concretude para quem quer conhecer mais o Brasil em termos de soluções climáticas e de natureza. Isso indica que esse material vai mobilizar outras ações, financiamentos e investimentos”, afirma Lívia Pagotto, diretora institucional do Arapyaú.

Por fim, o instituto discutiu em evento na London Stock Exchange como mobilizar capital em escala para transformar promessas e ambições em ação climática concreta. A convergência entre lideranças climáticas e financeiras no encontro reforçou o papel estratégico do financiamento na implementação de soluções sustentáveis. “A LCAW foi um momento importante para pautar as questões climáticas em meio a um contexto geopolítico complexo, o que aumenta as expectativas para a COP30. Mostramos em Londres que o Brasil está se posicionando como país com propostas, de articulação e de entrega de soluções”, resume Lívia.

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