Arapyaú e Impulso lançam simulador gratuito para os municípios se prepararem para a crise do novo coronavírus

Arapyaú e Impulso lançam simulador gratuito para os municípios se prepararem para a crise do novo coronavírus

Os municípios brasileiros têm à disposição, a partir de hoje, a ferramenta SimulaCovid, que fornece simulações gratuitas sobre os leitos e ventiladores mecânicos necessários para a demanda de cada cidade durante a crise do novo coronavírus. O SimulaCovid foi desenvolvido pela Impulso em parceria com voluntários e o Instituto Arapyaú, e está disponível na plataforma https://coronacidades.org/.

A ferramenta trabalha com dados em tempo real e informações do DataSus, que atualiza o número de casos confirmados em cada cidade, para poder oferecer simulações mais próximas possíveis da realidade dos municípios. O objetivo é contribuir para a tomada de decisão dos gestores públicos, gerando informações que permitem análises de cenários, como o tempo de estoque desses equipamentos de saúde nas cidades. 

Com a simulação, o gestor público pode prever medidas de isolamento social de diferentes intensidades e traçar um plano de ação para evitar o colapso do sistema de saúde local. Diante do aumento e rapidez da transmissão da Covid-19, a disponibilidade leitos e ventiladores tem sido apontada por especialistas, autoridades públicas e gestores como um dos maiores desafios. 

“Estamos empenhados em oferecer aos gestores públicos o máximo de recursos de análise de informações para facilitar o planejamento e a realização de ações que os capacitem para o período agudo dessa crise, reduzindo seus efeitos e impactos”, diz Marcelo Cabral, gerente do programa Cidades e Territórios, do Arapyaú. 

O co-fundador João Moraes Abreu ressalta a importância da SimulaCovid. “Ter um horizonte temporal será chave para o gestor articular a aquisição de mais equipamentos, coordenar a atenção básica e até orientar a sociedade sobre o que é necessário e onde, já que tanta gente tem se mostrado disposta a doar dinheiro e material”, diz.  

Ana Paula Pellegrino, doutoranda da Georgetown University, que coordenou o desenvolvimento do simulador, ressalta: “Buscamos as melhores referências científicas publicadas para oferecer informação de alta qualidade. Precisamos aprender como a transmissão da doença aconteceu lá fora e o que deu certo para superar a crise”.