Notícias
novembro 6, 2025

Arapyaú leva à COP30 agendas alinhadas ao chamado global por implementação

Compartilhe
Nosso impacto

O que o Instituto Arapyaú está fazendo para impulsionar o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia?

Nos preparos para a COP30, o Instituto Arapyaú reforça sua agenda para a conferência: transformar soluções brasileiras em ações globais por clima, floresta e desenvolvimento. Foto: Shutterstock.

O tom da COP30, que acontecerá em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro, começou a ser definido na Pré-COP, realizada em Brasília nos dias 13 e 14 de outubro. Reunindo representantes de mais de 60 países, o encontro evidenciou a mensagem que deverá orientar a Conferência: é preciso transformar compromissos em ação.

A implementação, palavra mais ouvida ao longo dos dois dias de discussões, passa a ser o centro das negociações globais sobre o clima. Foi nesse contexto que o Instituto Arapyaú consolidou suas agendas prioritárias para Belém, alinhadas ao chamado internacional por resultados concretos.

Com foco em bioeconomia, restauração florestal e sistemas agroalimentares sustentáveis, o Arapyaú chega à COP30 para reforçar que o Brasil já possui soluções capazes de inspirar o mundo e que a Amazônia pode ser o símbolo da transição justa e regenerativa.

Em Brasília, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sintetizou o espírito do encontro ao afirmar que o planeta precisa “sair do discurso e entrar na implementação”. A fala ecoou entre representantes de governos, instituições financeiras e sociedade civil. Os debates reforçaram três eixos centrais que guiarão as negociações em Belém: adaptação climática, com ênfase em políticas para proteger populações mais vulneráveis; financiamento climático, com a busca por novos mecanismos e fontes de recursos, e uma transição justa, que una mitigação, desenvolvimento e inclusão social.

Aliado a esses eixos, o Arapyaú defende a bioeconomia como pilar de um novo modelo econômico amazônico, baseado na floresta em pé e na valorização dos saberes locais. O instituto participa do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em parceria com o governo do Pará, que pretende apoiar 200 startups de negócios sustentáveis. “A COP30 será uma oportunidade de mostrar que o desenvolvimento da Amazônia pode ser sinônimo de prosperidade e conservação”, afirma Renata Piazzon, CEO do Arapyaú.

Outra agenda prioritária são os sistemas agroalimentares sustentáveis. Na AgriZone, o instituto apresentará sua experiência na cadeia do cacau, símbolo de uma agricultura regenerativa que une conservação e geração de renda. Em 17 anos de atuação no sul da Bahia e na Amazônia, o Arapyaú ajudou a construir um modelo que hoje serve de referência internacional em produção sustentável e inclusão de agricultores familiares.

O instituto também integra uma coalizão de organizações brasileiras — incluindo Amazônia 2030, Imazon, Ibá, CEBDS e Uma Concertação pela Amazônia — que apresentará um estudo inédito sobre os biomas florestais e a silvicultura, encomendado pela presidência da COP30. O documento propõe caminhos para aumentar a cobertura florestal e reduzir emissões, conciliando conservação e desenvolvimento econômico para que o Brasil possa ganhar oito milhões de hectares de florestas em 10 anos (leia mais sobre isso na matéria de abertura desta newsletter).

Ciência e cooperação como base

Pela primeira vez, uma conferência da ONU sobre clima contará com um pavilhão de ciência planetária, liderado pelos cientistas Carlos Nobre e Johan Rockström. O Arapyaú será co-realizador desse espaço, que buscará traduzir evidências científicas em políticas públicas e práticas de mercado com impacto global, aproximando a ciência das decisões que podem moldar o futuro do planeta.

Além disso, em parceria com a rede Uma Concertação pela Amazônia e o Instituto Itaúsa, o Arapyaú coordenará atividades na Cas’Amazonia, espaço que será um hub de debates, exposições e conexões entre ciência, empresas, governos e comunidades locais. O instituto também apoiará o lançamento da versão brasileira do livro “Becoming Nature Positive”, que propõe reconhecer a natureza como sujeito e agente político, reforçando a visão de que o equilíbrio climático depende de restaurar a relação entre a humanidade e o meio ambiente.

“Mais do que participar do debate, queremos ajudar a transformar ideias em políticas duradouras, fortalecer a cooperação entre ciência, sociedade e setor produtivo e demonstrar que as soluções brasileiras podem inspirar o mundo”, diz Renata. Ela reforça que a Amazônia é o lugar onde a agenda climática global se torna realidade. “E é também onde o Brasil pode mostrar que desenvolvimento e conservação podem caminhar juntos”, conclui.

junte-se a nós
na mudança

Junte-se a nós na construção de um futuro mais justo e sustentável. Sua participação é fundamental para transformar realidades e promover mudanças significativas.