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Arapyaú leva experiência do cacau no sul da Bahia para a COP da Biodiversidade

Foto: Ana Lee

Em meio à crise da diversidade biológica, com a perda acelerada e sem precedentes da natureza, o Canadá sedia, em dezembro, a COP15, a 15ª Convenção da Biodiversidade da ONU. A edição deste ano promete ser a mais importante da década, já que governos de todo o mundo devem traçar um novo conjunto de metas e objetivos que vão guiar a ação global de proteção da biodiversidade e de uso sustentável de seus componentes para os próximos anos. 

Duas semanas após o fim da COP27 (Cúpula do Clima da ONU do Egito), a COP15 carrega a mesma urgência: só há solução para o planeta se clima e natureza forem abordados em conjunto. Os ecossistemas e florestas são cruciais para frear as mudanças climáticas e mitigar seus impactos, além de garantir a produção de alimentos, o abastecimento de água, condições de saúde e bem-estar, entre outros pontos cruciais para a vida humana.

As expectativas para essa edição estão altas, sobretudo depois do adiamento de dois anos – a COP15 estava programada para ser realizada em 2020, na China, mas foi adiada por conta da covid-19. O grande objetivo deste ano é a criação de um Marco Global de Biodiversidade pós-2020, com metas ambiciosas de longo prazo, até 2050, e intermediárias, para até 2030. O esboço desse pacto já foi produzido e inclui, entre outros pontos, a ampliação de 30% de áreas protegidas e conservadas, entre terra e oceanos, e a distribuição equitativa dos benefícios da conservação da biodiversidade. 

Além das negociações formais, entre delegados de quase 200 países, a COP15 terá eventos paralelos, com a presença da sociedade civil, do setor empresarial e de populações tradicionais e indígenas. 

O desconhecimento sobre como dar uso econômico a recursos naturais, como a biodiversidade, faz parte do o contexto de inúmeras regiões do planeta que precisam ser conservadas para o futuro da humanidade. Neste sentido, o Arapyaú foi convidado para compartilhar na COP um estudo de caso inédito, que ajuda a ampliar conhecimento sobre bioeconomia em contextos de alta relevância ambiental e vulnerabilidade social simultaneamente.

O caso mostra a relevância do olhar sistêmico na atuação sobre uma cadeia produtiva, no caso do cacau. São apresentadas as estratégias utilizadas, adequadas para o contexto do território, e resultados concretos, como: aumento de renda para os produtores, mais dinamismo econômico para a região e benefícios ambientais (manutenção de áreas de Mata Atlântica, biodiversidade, água e estoque de carbono), além da valorização do patrimônio cultural associado ao cacau na região.

Carmen Guerreiro

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