Fazer o Brasil voltar a produzir 400 mil toneladas de cacau até 2030 e consolidar o país como origem de cacau sustentável para o mundo, com foco na conservação produtiva, garantindo as condições de vida e trabalho em toda a cadeia. Esse é o objetivo do Plano Inova Cacau 2030, fruto da colaboração entre Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) e CocoaAction Brasil.
No início de maio, foi dado um passo importante nessa estratégia. Representantes da cadeia produtiva e organizações que trabalham pelo desenvolvimento sustentável do setor, entre elas o Arapyaú, se reuniram em Brasília para a estruturação do Plano Tático-Operacional, segunda fase do Inova Cacau 2030. Nos encontros, que incluíram uma agenda com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, teve destaque a participação dos dois maiores estados produtores de cacau, Bahia e Pará.
Em meio aos debates, foi consenso a importância de que o Brasil tenha um plano estratégico nacional, com visão de longo prazo e alicerçado nos princípios de sustentabilidade, incluindo conservação ambiental e garantia de condições dignas de trabalho.
“No Ministério da Agricultura e Pecuária, o cacau é reconhecido como uma cultura promissora para geração de riqueza e conservação produtiva”, explica Vinicius Ahmar, gerente de bioeconomia do Instituto Arapyaú.
O Plano Inova Cacau 2030 tem quatro eixos – Econômico-Produtivo, Social, Ambiental e Governança – e duas fases de implementação: Plano Estratégico (lançado em 2023) e Plano Tático-Operacional, foco atual que busca definir as atividades para que as ações e metas estabelecidas sejam cumpridas.
Novos encontros já estão previstos para os próximos meses, com o foco especial em levar assistência técnica para 30.000 produtores, ampliar as linhas de crédito para R$250 milhões por ano, contribuir para aumentar a produtividade do produtor e melhorar significativamente a sua rentabilidade.