Em um mundo que exige urgência, colaboração e ousadia, o Instituto Arapyaú ampliou a escala de sua atuação. O recém-lançado relatório de atividades do instituto revela um ano marcado por iniciativas estruturantes e estratégias inovadoras para alavancar a bioeconomia e a restauração florestal no Brasil. Com uma abordagem gráfica inspirada em croquis, que simboliza o processo contínuo de construção, o documento é mais que um balanço: é um convite a navegar pelas soluções que surgem quando se atua com inteligência coletiva.
“A crise climática — o maior desafio comum da nossa era — exige que a filantropia amplie sua visão e atue de forma sistêmica, mobilizando governos, empresas e sociedade civil para maximizar o impacto coletivo”, destaca Renata Piazzon, diretora-geral do Arapyaú, no editorial do documento. “Temos o potencial de liderar um novo modelo de desenvolvimento que una prosperidade econômica e conservação ambiental”, acrescenta.
Essa ambição se materializou em iniciativas como o Kawá, primeiro fundo brasileiro de grande escala voltado à agricultura familiar do cacau, e o movimento pré-competitivo pela restauração florestal, que reúne 25 empresas e instituições em torno de um novo setor econômico verde. Ao todo, mais de R$45 milhões foram investidos em diversos projetos, com foco em soluções sustentáveis de alto impacto.
“A força do Arapyaú — e da filantropia — não está apenas no financiamento, mas no desenho de soluções, no teste de alternativas e na construção de modelos inovadores de economia”, afirma Roberto Waack, presidente do Conselho do instituto.
O relatório também celebra a maturidade de redes como Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Uma Concertação pela Amazônia e Conexão Povos da Floresta, além da consolidação de parcerias internacionais — como a entrada do Arapyaú no conselho do coletivo Planetary Guardians, iniciativa global de líderes e ativistas ambientais. O instituto é a primeira organização brasileira a integrar esse grupo.
O papel do Arapyaú como articulador no cenário mundial da filantropia também foi evidenciado em uma imersão no Bellagio Center, na Itália, onde representantes dos setores público e privado, da sociedade civil, da filantropia, da academia e da área de finanças se reuniram para pensar de forma coletiva, ideias de desenvolvimento territorial para a Amazônia. Já na Climate Week de Nova York, a organização emplacou uma agenda própria, levando sua visão de um Brasil protagonista na economia verde.
Com a COP30, em Belém, à vista, o instituto reforça seu papel de construtor de pontes entre filantropia, setor privado e poder público e apoiador de soluções baseadas na natureza. Ao fazer o balanço do ano que passou e colocar em marcha projetos do presente e do futuro, uma certeza: não há desenvolvimento sustentável sem redes, nem redes fortes sem colaboração real. “No coletivo e na diversidade, toda visão, toda análise e toda criação de solução é melhor”, resume Waack.