Família beneficiada pelo CRA ganha prêmio internacional

Família beneficiada pelo CRA ganha prêmio internacional

A Júlia é a garota que ilustra a marca Ju Arléo Chocolates, da pequena produção de sua família. Ela  compartilhou nas redes sociais que a marca acaba de conquistar o segundo lugar no concurso da Academy of Chocolate, em Londres, com seu chocolate 70% com mel de abelha uruçu, na categoria “Tree To Bar Flavoured”. “Estou muito feliz porque temos menos de dois anos da nossa marca e já ganhamos dois prêmios. Neste concurso internacional, ganhamos medalha de prata com nosso 70%  com mel de abelha uruçu amarela, que é nativa aqui do sul da Bahia”, orgulha-se Ju, que desenvolveu a paixão e a vontade ter sua própria marca de chocolates ao acompanhar o trabalho do pai na lavoura de cacau da família na região. Anteriormente, a família havia ganhado o terceiro lugar no Prêmio Brasil Artesanal 2021 – Chocolates, com a barra 70% cacau. 

O pai da Ju é o produtor Lucas Arléo, que vem desenvolvendo a qualidade de suas amêndoas. Em 2020, ele teve acesso ao CRA Sustentável e, com isso, conseguiu criar uma unidade de beneficiamento de cacau de qualidade. A etapa de secagem das amêndoas deixou de acontecer em barcaças antigas, de lastro de madeira, e passou a contar com o recurso da estufa solar. Essa e outras melhorias ajudaram a potencializar a produção do seu cacau de qualidade e do chocolate. “Depois do crédito, a marca de chocolate da família teve destaque em um concurso nacional e agora recebemos essa excelente notícia da premiação em Londres, o que não nos surpreende tanto, pois eles têm espírito bastante empreendedor”, comenta Gabriel Chaves, gerente de Desenvolvimento Rural da Tabôa.

Além de direcionar parte da produção de suas amêndoas de qualidade para fazer o Chocolate da Ju, Lucas Arléo também comercializa o cacau para a Dengo Chocolates. Para isso, sempre conta com a análise de qualidade feita pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC). “Percebemos que o CRA tem impactado muito positivamente na melhoria de renda dos agricultores familiares. Eles conseguem melhorar a infraestrutura de produção, muitas vezes precária, e passar a vender um cacau com um valor agregado muito maior do que o da commodity”, destaca Gabriel.

Veja aqui mais sobre os resultados do primeiro CRA.