Para se adequar aos protocolos de saúde e segurança em função da pandemia, causada pelo novo coronavírus, todos os setores produtivos se viram repentinamente diante da necessidade de adoção do trabalho remoto, ou home office. No setor público, a inovação revelou seus contornos, tanto de ganhos de eficiência como de certas incertezas. Essas diversas nuances foram o tema da mesa Teletrabalho como inovação no setor público: aprendizados e desafios, mediado pela presidente do Fórum Inova Cidades, Cris Alessi, durante o evento virtual Remote Conference 2020, a primeira conferência exclusiva sobre trabalho remoto e nomadismo digital do Brasil, realizada em outubro.
Para a presidente do Fórum, muitas empresas têm buscado um formato híbrido de trabalho presencial e home office. “Mas ainda há pouca segurança jurídica para fazer isso”, alerta. Numa linha de argumentação similar, uma das participantes da mesa, Aleksandra Santos, especialista em políticas públicas e gestão governamental do Tribunal Regional do Trabalho (TRT – 10ª Região), também trouxe os dois lados da questão: “Esse período é um grande experimento para que no futuro a gente possa definir como essas novas relações de trabalho serão estabelecidas, mas levando em conta a segurança jurídica.”
Outra convidada da mesa sobre teletrabalho no setor público era Ana Cláudia Mendonça, diretora de gestão de pessoas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fez um contraponto importante, afirmando que trabalho remoto não chega a ser uma completa novidade no funcionalismo. “Ele vem sendo implementado paulatinamente no setor público há cerca de 15 anos”, lembrou a especialista.
O relevante debate sobre como essa inovação pode trazer impactos para o setor contou ainda com a participação de Maria Alexandra Cunha, professora da FGV-EAESP e líder da área de Tecnologia e Governos do CEAPG – Centro de Estudos de Administração Pública e Governo.
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