De 21 a 27 de setembro, a Semana do Clima de Nova Iorque reuniu líderes empresariais, governamentais e ambientalistas para apresentar e discutir questões climáticas emergenciais. A edição 2020, que ocorreu totalmente online, por meio de plataforma digital, é a maior cúpula do clima deste ano e teve como ponto central refletir sobre os impactos causados pela pandemia da Covid-19 e as lições que podemos aprender na busca de um futuro carbono zero.
Na programação, foram apresentadas importantes iniciativas brasileiras, como o guia “10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável”, pela Amazônia Possível, e o estudo “A rastreabilidade da cadeia da carne bovina no Brasil”, feito pela Coalizão Brasil.
A Amazônia Possível, uma parceria entre o Instituto Arapyaú, Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Instituto Ethos, Rede Brasil do Pacto Global da ONU e Sistema B, lançou o guia “10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável”, no dia 22 de setembro. A Amazônia Possível tem como objetivo fomentar o desenvolvimento sustentável da região amazônica, por meio de apoio e parcerias com o setor empresarial, e foi lançada na Semana do Clima em 2019.
O webinar de lançamento do guia “10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável” discutiu como incentivar que mais empresas estrangeiras conheçam e se apropriem deste conteúdo. A palestra “Amazônia: desenvolvimento sustentável da região e importância da atuação do setor empresarial” contou com a participação de Renata Piazzon, gerente do programa de Mudanças Climáticas, do Instituto Arapyaú, e André Guimarães, diretor executivo do IPAM e cofacilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. No painel com empresas e seus cases na região participaram: Fabio Cirilo, coordenador de Sustentabilidade da Votorantim Cimentos, Américo Mattar, diretor da Fundação Telefônica Vivo, Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura, e Regina Magalhães, diretora do Setor Automotivo e de Transportes da Schneider Electric para a América Latina.
Acesse os 10 Princípios Empresariais para uma Amazônia Sustentável.
O estudo da Coalizão Brasil, movimento formado por mais de 200 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil, avaliou a rastreabilidade na cadeia de carne bovina do Brasil. A principal conclusão é que é possível saber a origem da carne produzidas nos biomas Amazônia e Cerrado, e que o Brasil pode garantir uma produção livre de desmatamento.
Esse monitoramento será possível, segundo o estudo, com um acompanhamento criterioso e a integração de informações entre a Guia de Transporte Animal (GTA), o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e os respectivos mecanismos legais que permitam sua validação conjunta. Além disso, destaca o cumprimento das exigências estabelecidas pelos acordos firmados no âmbito do Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) e pelos Termos de Ajuste de Conduta (TACs) entre o Ministério Público Federal (MPF) e os processadores de carne operando na Amazônia Legal.
O estudo também compara os sistemas de rastreabilidade pelo mundo e contou com entidades do agronegócio e da sociedade civil como: Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), EQAO, Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto Arapyaú, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), JBS, Marfrig, Partnerships for Forests – P4F, Solidaridad Network, The Nature Conservancy (TNC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Vicente e Maciel Advogados e WWF Brasil.
A íntegra do estudo pode ser acessada aqui.