Notícias
julho 7, 2025

Instituto Arapyaú e Instituto Itaúsa lançam relatório com respostas concretas do Brasil às crises de clima e de natureza

Compartilhe
Nosso impacto

O que o Instituto Arapyaú está fazendo para impulsionar o desenvolvimento sustentável 
na Amazônia?

Entrega oficial do relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil durante a London Climate Action Week. Crédito: Acervo

O Brasil tem mostrado, na prática, que é possível aliar desenvolvimento econômico à conservação do meio ambiente. Para dar visibilidade a essas ações, o Instituto Arapyaú e o Instituto Itaúsa se uniram para lançar o relatório Soluções em Clima e Natureza do Brasil, uma compilação robusta de iniciativas brasileiras que já estão fazendo a diferença nos principais setores emissores de gases de efeito estufa: agricultura e pecuária, florestas, energia e economia circular.

A publicação reúne casos concretos, com potencial de escala, que evidenciam o protagonismo brasileiro na construção de uma economia regenerativa, de baixo carbono e voltada para o futuro. Do avanço na agropecuária regenerativa ao uso crescente de fontes renováveis de energia, passando pela valorização da natureza como ativo econômico, o país demonstra que está pronto para liderar uma nova fase da agenda climática global. 

O relatório é fruto de uma convocação direta da presidência da COP 30, que será realizada em Belém em novembro, e integra um mutirão nacional para sair do discurso e entrar na ação. Ao todo, 66 especialistas foram ouvidos em entrevistas conduzidas pela equipe da revista Página22, além de extensa análise de dados e pesquisas. As soluções foram organizadas em três categorias: maduras, em ascensão e promissoras.

Na agricultura, um dos destaques é o plantio direto, técnica consolidada no país que protege o solo e reduz as emissões ao evitar a aragem. Também ganham espaço o uso de bioinsumos, que substituem fertilizantes e defensivos químicos, e práticas de agropecuária regenerativa, capazes de restaurar ecossistemas enquanto mantêm alta produtividade. Algumas dessas técnicas já vêm demonstrando resultados não apenas na redução de emissões, mas também na melhoria da qualidade do solo e da resiliência das lavouras às mudanças climáticas.

O setor florestal aparece com força, com exemplos de restauração ecológica que aliam conservação, geração de renda e cumprimento da legislação ambiental. Um bom exemplo é o Programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), maior iniciativa de conservação de florestas tropicais do planeta. A publicação destaca como o Código Florestal e os mecanismos de regularização ambiental podem impulsionar a recuperação de áreas degradadas e gerar valor para o território, ao mesmo tempo em que ampliam a segurança jurídica para investidores.

No setor de energia, a publicação reconhece a expansão das fontes renováveis,  especialmente a solar e a eólica, que já representam 91% da potência instalada no Brasil em 2024. Outro exemplo emblemático é o investimento no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para aviação (SAF), como o que está sendo feito a partir da macaúba, planta nativa brasileira com alto poder energético. 

Já na economia circular, ainda em fase inicial no Brasil, o relatório aponta caminhos promissores. Cerca de 85% das indústrias já adotam alguma prática de reúso, reciclagem ou logística reversa, e cresce o interesse pelo uso de biomateriais no ciclo produtivo. Com o lançamento iminente da Política Nacional de Economia Circular, a expectativa é de que essas práticas se consolidem como padrão em todo o setor industrial.

Temos todas as condições de exercer liderança em uma nova economia verde e inclusiva, e o setor privado já tem apresentado soluções concretas”, afirma Renata Piazzon, diretora-executiva do Arapyaú.

“O Brasil pode e deve ser reconhecido como um grande provedor de soluções para as crises do clima e da biodiversidade. Isso significa gerar e distribuir riquezas a partir da proteção do capital natural e da valorização da natureza como ativo econômico”, concorda Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú. Segundo ele, as soluções apresentadas confirmam que o país pode ser uma liderança global capaz de oferecer produtos e serviços para mercados maduros, nacionais e internacionais, atendendo à urgência climática e à transição para uma economia de baixo carbono.

“Com a COP30 no horizonte, esta é uma oportunidade única para mostrar que o país está pronto para receber investimentos que protejam a biodiversidade, gerem prosperidade e ajudem a combater a mudança do clima”, ressalta Ana Toni, diretora-executiva da Cúpula do Clima de Belém.

 Leia o relatório completo.

junte-se a nós
na mudança

Junte-se a nós na construção de um futuro mais justo e sustentável. Sua participação é fundamental para transformar realidades e promover mudanças significativas.