A convite da Natura, o Instituto Arapyaú esteve presente em três eventos no estado do Pará, entre janeiro e fevereiro, para uma imersão em projetos e discussões sobre financiamento e iniciativas sustentáveis em comunidades de cidades paraenses.
No primeiro deles, que ocorreu no dia 29 de janeiro, o Arapyaú acompanhou o evento “Fomentar o Financiamento e Colaboração para a Restauração da Natureza Brasileira”, realizado pela Salesforce, Natura &Co e WRI Brasil. A agenda contou com a participação da ministra do Meio Ambiente Marina Silva e Tereza Campello, diretora socioambiental do BNDES.
Estavam presentes diversas empresas engajadas na agenda de finanças e restauração, incluindo re.green, Biomas e Mombak. O foco do encontro foi a discussão sobre colaboração e financiamento, com destaque para a necessidade de um esforço pré-competitivo e a importância de reunir atores com visões complementares.
O segundo evento foi o lançamento do Recicla Benevides, um programa fruto da colaboração entre a Natura, a Prefeitura de Benevides, a cooperativa Reciclaben e a ONG Espaço Urbano. O programa tem o objetivo de fomentar o ciclo de reciclagem na cidade, que fica na região metropolitana de Belém, aproveitando os resíduos do EcoParque da Natura para fortalecer a coleta seletiva e gerar renda para a comunidade local. O lançamento ocorreu no dia 30 de janeiro.
A última parada do Arapyaú na imersão paraense foi no lançamento da Agroindústria de Óleos Essenciais em Santo Antônio do Tauá, cidade a 56 quilômetros de Belém. A inauguração da agroindústria, no dia 1º de fevereiro, foi uma conquista viabilizada pela parceria entre a Associação de Produtores e Produtoras Rurais da Comunidade de Campo Limpo Santo Antônio do Tauá (Aprocamp) e a Natura. Com aportes destinados principalmente à aquisição de equipamentos, a iniciativa, anteriormente dependente de intermediários para a extração dos óleos essenciais, busca agregar valor aos produtos locais e aumentar a renda da comunidade em 60%.
“Foi uma experiência muito interessante. A mensagem-chave que ficou foi justamente essa necessidade de trabalhar em rede, em cooperação, e no arranjo de multiatores e setores para fazer com que a agenda realmente avance”, afirmou Victor Ferraz, coordenador de Projetos de Bioeconomia do Arapyaú.