O diplomata americano John Kerry se encontrou com sete organizações da sociedade civil brasileira durante sua passagem pelo país, no final de fevereiro, e afirmou que o Fundo Amazônia será o principal veículo de recebimento de recursos no trabalho de cooperação internacional entre Brasil e Estados Unidos.
O enviado do governo John Biden admitiu que a polarização no Congresso americano dificulta as contribuições por parte do governo, mas prometeu que a Casa Branca vai trabalhar para mobilizar o setor privado e a filantropia na busca por recursos.
Entre as organizações que participaram do encontro, estava a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. A co-facilitadora da Coalizão, Renata Piazzon, representou o grupo. Ela também é diretora do Instituto Arapyaú.
Na reunião, a Coalizão defendeu que os EUA apliquem pelo menos US$ 1 bi no Fundo Amazônia. A rede foi a única das iniciativas presentes a propor um valor mínimo. Também pediu que os Estados Unidos façam pressão aos financiadores de atividades ilícitas, como o garimpo ilegal e madeireiras predatórias.
Além da Coalizão, estiveram no encontro o Conselho Indígena de Roraima (CIR), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), o Instituto Igarapé, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o Observatório do Clima e o Instituto Talanoa. As organizações abordaram na reunião tópicos como a necessidade de rever as metas brasileiras de redução de emissão de gases de efeito estufa, chamadas de NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada), e cuidados necessários com a chegada do mercado de carbono em terras indígenas.