Mestrado ESCAS inicia com 31 novos alunos, 14 deles do sul da Bahia

Mestrado ESCAS inicia com 31 novos alunos, 14 deles do sul da Bahia
Para Floriana Danesi, aluna do Escas, o sul da Bahia é um polo promissor de desenvolvimento sustentável

Após uma busca que durou cinco anos, a gaúcha Floriana Danesi Breyer optou pelo Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS). Ela está entre os 14 alunos selecionados para a turma no sul da Bahia, onde o programa conta com o patrocínio do Instituto Arapyaú e da Fibria. A grade curricular e a localização pesaram em sua escolha. Outros 17 profissionais farão o mestrado na sede do Instituto IPÊ, fundador da ESCAS, em Nazaré Paulista, em São Paulo. 

O projeto, que existe desde 2008, foca na capacitação de profissionais para atuar na área de conservação socioambiental e sustentabilidade, com uma abordagem prática, de forma que os ensinamentos teóricos sejam transformados em projetos concretos. Desde o início do projeto, 84 profissionais já se formaram no campus de Nazaré Paulista e outros 64 concluíram o curso na Bahia. 

Atrair profissionais que vão aplicar os conhecimentos obtidos ao longo dos 24 meses em sala de aula é um dos objetivos do mestrado profissional, que se destaca já no processo de seleção. Para participar da turma oferecida no sul da Bahia, os candidatos precisam atuar na região e passar pelas três fases do processo de seleção. 

Elas consistem no envio de documentos como o currículo, carta de apresentação e um ensaio sobre as experiências do candidato, citando projetos que pretende implementar após a conclusão do curso. Há também avaliações de redação em português e domínio de leitura em inglês, necessários para o bom aproveitamento do programa, além de uma entrevista com o comitê de seleção. 

Iniciado em setembro, o mestrado teve aula inaugural do professor Cláudio Pádua, fundador do IPÊ e da ESCAS. Na ocasião, os alunos tiveram a chance de conhecer mais sobre as raízes do projeto, uma vez que Pádua relembrou a criação da ESCAS como unidade agregadora dos projetos educacionais do IPÊ e também contou sobre como surgiu a ideia de oferecer um mestrado profissional stricto sensu

Formada em Artes Plásticas, com especializações nas áreas de meio ambiente e articulação de redes, Floriana sempre desenvolveu projetos em torno da biodiversidade e, recentemente, passou a se interessar pelo corredor de Mata Atlântica que vai de Ilhabela a Ilhéus.

Atualmente, vem se dedicando a mapear iniciativas de redes nesta região por meio da BioDiversa, sua consultoria de design de experiências e projetos regenerativos com o objetivo de estabelecer uma base de operações em Serra Grande. Em sua opinião, o sul da Bahia está atraindo cada vez mais profissionais e projetos, especialmente devido aos movimentos para a regeneração do cultivo sustentável do cacau, o que torna a área um polo promissor de desenvolvimento sustentável. 

Floriana, que também é gerente de projetos do Instituto Climate Ventures com atuação focada na Amazônia, vê na parceria com o Instituto Arapyaú um importante caminho para a conexão entre as duas regiões. “Estou sempre acompanhando o Arapyaú e adoraria me aproximar mais, porque os territórios em que eles atuam são os que eu também estou me aproximando”, conta.