Um ano após criar o Programa de Fellows, o Arapyaú pretende fortalecer a iniciativa. Em linha com o posicionamento do Instituto de fomentar redes transformadoras, o programa tem sido crucial para o aporte de conhecimento e para a mobilização das redes parceiras do Arapyaú. Os atuais fellows do Arapyaú são: Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Meio Ambiente (IRP/UNEP); Francisco Gaetani, ex-secretário executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e professor da Ebape/FGV; e Marcello Brito, CEO da CBKK, investidora de impacto que tem a De Mendes Chocolates como uma de suas associadas, e ex-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).
Neste ano, dois novos fellows farão parte do programa com o propósito de aportar novos conhecimentos e trazer mais diversidade. Abaixo, a diretora do Arapyaú, Thais Ferraz, faz um balanço do primeiro ano e os próximos passos do programa.
O que motivou a criação do Programa de Fellows?
O Arapyaú tem o entendimento de que somente por meio do diálogo e da construção coletiva é possível alcançar o impacto sistêmico que queremos. O programa de fellows casa com essa ambição do instituto de fomentar redes transformadoras. Além de trazerem novos conhecimentos, os fellows reforçam e ampliam nossas redes. É um modelo muito rico, porque é uma forma de produzir novos conhecimentos e projetos que nascem da interação do grupo, além de agregar diferentes expertises à organização. Para os fellows, acho que o programa também é uma oportunidade de troca.
Quais foram os resultados deste primeiro ano?
Além de conhecimento e do fortalecimento da rede, os fellows aportaram muito para nossa estratégia, porque trouxeram experiências muito complementares às que tínhamos no Arapyaú. Outro destaque foi a atuação do grupo em nossa agenda internacional, que teve início na COP26. Eles foram fundamentais porque, em função de suas experiências prévias, colaboraram para que a sociedade civil brasileira se posicionasse de maneira inédita no debate ambiental em Glasgow.
Qual a expectativa para este ano?
O destaque será o amadurecimento do programa, com encontros sistematizados de troca de conhecimento e foco em diversidade. Como temos um time de lideranças com trajetória consolidada e reconhecida, nosso plano agora é trazer dois fellows em diferentes estágios de carreira e experiências prévias distintas. Acreditamos que a partir da diversidade do grupo teremos novos conhecimentos sendo produzidos e novas lideranças serão formadas.
Vocês se inspiraram em algum programa?
Estudamos vários e escolhemos um formato muito próprio. Em geral, os programas de fellow estão mais voltados para a pesquisa, em um modelo de bolsa de estudo em que a pessoa faz uma pesquisa, entrega o trabalho e faz parte de uma rede. Nosso caso é muito único, porque os fellows participam do desenvolvimento de estratégias em nosso ecossistema. Em função dessa particularidade, dessa proximidade com o nosso conselho, nosso programa nunca será muito grande, porque funciona como uma complementação da governança do Arapyaú.
Quais são os critérios de escolha dos fellows?
Os critérios estão muito ligados ao que a gente espera de resultados. Estão ligados ao tripé liderança, redes e conhecimento. O quanto o fellow traz de experiências e conhecimentos complementares aos do time interno, o quanto amplifica a capacidade de mobilização do Arapyaú e um perfil de liderança nas diversas áreas de atuação. Um critério mais técnico é não ter uma ligação exclusiva com outra organização.
Neste ano optamos por fazer convites diretos aos participantes, sem abrir um processo seletivo, pois o grupo atual também está nos ajudando a evoluir e consolidar o programa. Futuramente, poderemos avaliar a expansão do programa e abertura de processo seletivo.
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