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Projeto Compromisso com a Educação Pública: redes de ensino e parceiros avaliam resultados

Foto: Patrícia Cançado

Dois encontros reuniram equipes das secretarias de educação e gestores das escolas de Una e Uruçuca, no sul da Bahia, para avaliar as ações do Plano Compromisso com a Educação Pública, desenvolvido pelo Instituto Arapyaú em parceria técnica com o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep) nos municípios.

O Projeto, que atua na formação continuada de profissionais das redes de ensino, completa quatro anos com resultados positivos. “Vemos o quanto os municípios têm avançado nas aprendizagens dos estudantes. Atualmente o município de Una tem o maior Ideb entre os municípios da área de atuação do Instituto Arapyaú, e Uruçuca tem melhorado os seus indicadores”, explica a coordenadora de educação do programa Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia, Carolina Paseto.

A diretora pedagógica de Una, Sandra Batista, diz que percebe as mudanças nas práticas pedagógicas: “O investimento na leitura tem sido muito forte, vemos isso na atuação dos professores e na interação das crianças”, destaca. “Vejo o desenvolvimento do hábito de leitura nas escolas e a participação das crianças no processo”, complementa a gestora de Uruçuca, Célia Calmon.

Ana Falcão, coordenadora pedagógica territorial do Icep, explica que esse é o momento de avaliação das ações do projeto.

Estamos olhando de onde saímos, onde estamos e planejando aonde queremos chegar. Precisamos colocar foco nas nossas crianças, saber quem são, em que escolas estão, que dificuldades estão enfrentando, para fazermos a gestão das aprendizagens”

Ana Falcão, coordenadora pedagógica territorial do Icep

Desafios a serem enfrentados após a pandemia

Para além dos avanços, a pandemia trouxe novos desafios para as redes, como a distorção idade/série, a alfabetização plena e a evasão escolar. Para enfrentar esses desafios, as redes seguirão realizando o monitoramento dos indicadores prioritários de aprendizagem, a exemplo do diagnóstico do sistema de escrita. “São indicadores voltados para a realidade de cada rede, é o mínimo que nós precisamos fazer para garantir as aprendizagens das crianças. Seguiremos monitorando para garantir a qualidade do que está sendo feito, explica a diretora pedagógica do Icep, Elisabete Monteiro. 

A consultora do Instituto Arapyaú, Cleuza Repulho, destacou a importância da busca ativa: “os diretores têm um papel fundamental agora. Precisamos identificar esses meninos e meninas que evadiram no período da pandemia e trazê-los de volta para a escola. Especialmente as crianças negras, indígenas e quilombolas, que mais sofreram com a falta de recursos”.

Carmen Guerreiro

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