Ao longo de 2022, às vésperas de completar 15 anos, o Instituto Arapyaú testemunhou alguns resultados bastante relevantes da sua história. Redes fomentadas internamente se consolidaram. Novas iniciativas foram incubadas. E diversos impactos das inovações criadas nesses espaços ficaram evidentes. As conquistas são exemplos de como a atuação coletiva, com abertura para o diálogo, e a inserção de atores diversos podem contribuir para responder a alguns dos principais desafios contemporâneos e gerar soluções sistêmicas.
O balanço está no relatório anual de 2022. “Os resultados nos revelam que podemos ser ainda mais ambiciosos daqui em diante”, escreveram as diretoras-executivas do Instituto Arapyaú, Renata Piazzon e Thais Ferraz, na abertura do documento.
O relatório foi dividido de acordo com os focos estratégicos de atuação do instituto: redes, bioeconomia e desenvolvimento territorial – características presentes de forma transversal em ações no sul da Bahia e na Amazônia, os dois territórios em que o Arapyaú atua.
Entre os destaques, estão os detalhes de como se deu a consolidação de duas importantes redes, a iniciativa Uma Concertação Pela Amazônia e a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) do Sul da Bahia. Ambas desenvolveram propostas capazes de influenciar o debate eleitoral e fornecer subsídios para as primeiras ações dos governantes eleitos.
No eixo da bioeconomia, há a ampliação do modelo de captação de recursos para gerar créditos aos produtores rurais de cacau por meio dos Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA) sustentáveis e o reconhecimento dado pelo BNDES ao mecanismo financeiro. Já na estratégia de desenvolvimento territorial, houve esforços para fortalecer a governança local e melhorar a educação básica em Serra Grande, no sul da Bahia.
O relatório destaca ainda a atuação internacional do instituto com participações relevantes tanto na COP 27 sobre mudanças climáticas, em Sharm El-Sheik, no Egito, como na COP 15 sobre biodiversidade, realizada em Montreal, no Canadá. O desenvolvimento do programa de Fellows e mudanças no Conselho de Governança, com a entrada da reitora da UFSB, Joana Guimarães, também são temas tratados no documento.
Como todos os anos, há um espaço dedicado às informações institucionais que trata da organização estratégica do Arapyaú e dos processos internos, incluindo as informações financeiras e a forma de olhar para o time de colaboradores.
Internamente, a concepção do relatório é um momento de balanço para toda a equipe do Arapyaú. “Ao refletir sobre um ciclo, temos a oportunidade de avaliar os resultados, os erros, mas principalmente os caminhos escolhidos e o quanto ainda é possível nos abrir para novas perspectivas”, destacou Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú, na abertura do relatório . “É o momento de adequar a rota para manter – ou até acelerar – o ritmo.”