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Rumo à COP30, Brasil reúne autoridades em fórum que conecta clima, natureza e finanças

II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza. Crédito: Divulgação

Debater modelos financeiros e políticas públicas que conciliem desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade, além de consolidar o protagonismo do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono, com justiça social e foco na preservação da natureza. Esse é o objetivo do 2º Fórum de Finanças Climáticas e Natureza (FFCN), que acontecerá no Rio de Janeiro, nos dias 26 e 27 de maio. Organizado pelo Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade, Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia, o evento reunirá lideranças nacionais e internacionais para discutir caminhos concretos para financiar uma economia regenerativa, inclusiva e de baixo carbono. 

Queremos fortalecer o papel do Brasil na agenda global do clima e da natureza, contribuindo com propostas para as negociações multilaterais e a implementação do Acordo de Paris”, explica Renata Piazzon, diretora-geral do Arapyaú. 

Em um momento estratégico para o país, que sediará a COP30 este ano, em Belém (PA), o Fórum surge como espaço de articulação entre governos, setor privado e sociedade civil para enfrentar a emergência climática. 

Estimativas da Comissão Global sobre Economia e Clima apontam a necessidade de US$6 trilhões em investimentos anuais até 2030 para garantir a transição ecológica no mundo. Parte desse esforço passa pela criação de mecanismos financeiros que aliem desenvolvimento socioeconômico e conservação ambiental.

O evento pretende aprofundar o debate sobre instrumentos financeiros e políticas públicas que alavanquem investimentos em tecnologias sustentáveis, adaptação climática e proteção da biodiversidade — com foco especial em países em desenvolvimento. Além disso, serão apresentadas contribuições para o “Roteiro de Baku para Belém para 1,3T”, uma iniciativa que busca impulsionar o financiamento climático internacional.

Entre os participantes confirmados estão nomes da política e da economia global, como o vice-presidente Geraldo Alckmin; os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Fernando Haddad (Fazenda); Ajay Banga (Banco Mundial); Nadia Calviño (Banco Europeu de Investimento); Ilan Goldfajn (BID); Michelle Bachelet (Club de Madrid); e Ngozi Okonjo-Iweala (OMC).

A segunda edição do Fórum dá continuidade ao encontro realizado em São Paulo, em fevereiro de 2024, que reuniu mais de 2.700 pessoas e resultou em recomendações ao G20. Agora, o FFCN se consolida como um espaço estratégico para integrar o debate sobre finanças, clima e natureza, promovendo o diálogo entre representantes do setor público, iniciativa privada, instituições financeiras, academia e organizações da sociedade civil.

Giulie Carvalho

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