O Instituto Arapyaú apoia vários projetos na bioeconomia e inclusão produtiva no sul da Bahia, como o CRA Sustentável, o Centro de Inovação do Cacau (CIC), a Indicação Geográfica (IG) Sul da Bahia e a prática de produção agroflorestal conhecida como cabruca, que contribui para a conservação da biodiversidade local. Essas iniciativas são importantes para fortalecer os ecossistemas social, ambiental e econômico da região.
Em um intercâmbio de conhecimento, uma equipe do Arapyaú visitou o extremo sul da Bahia para conhecer as ações de sustentabilidade promovidas pela Veracel Celulose, especialmente as iniciativas de inclusão produtiva para agricultores familiares. Na contrapartida, representantes da Veracel também puderam ver em campo os resultados alcançados pela parceria do Arapyaú com o Assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga, com a produção de cacau orgânico e a expansão da cadeia após acessar o crédito do CRA Sustentável.
Ainda fez parte da vivência do time da Veracel a experiência Dengo Origem e a ida ao Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, onde estão localizados o CIC e a IG Sul da Bahia. “Unindo as realidades do extremo sul com o litoral sul da Bahia, vislumbramos construir possíveis parcerias para alcançar e beneficiar cada vez mais agricultores familiares do estado. O objetivo é ampliar a cobertura de assistência técnica e o acesso facilitado ao crédito, visando a impulsionar a produção de alimentos e promover o aumento da renda familiar e a melhoria da qualidade de vida no campo”, explicou Ricardo Gomes, gerente de Desenvolvimento Territorial do Arapyaú.
O que é que a Bahia tem?
Quem também passou pela região foram os representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). A equipe tinha como objetivo conhecer a cadeia de produção de cacau, incluindo a Biofábrica da Bahia, o CIC e a Agrícola Conduru. As experiências estão alinhadas aos planos do Pará para bioeconomia e restauração florestal, mostrando como as práticas da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica podem influenciar o desenvolvimento de outros territórios.
“As experiências que tivemos na Bahia casam muito bem com a que queremos fazer no estado do Pará com o Plano de Bioeconomia, assim como no Plano de Restauração Florestal, na parte de conservação produtiva e restauração produtiva”, explicou Mauro Ó de Almeida, secretário de Meio Ambiente do Pará.
Para Ricardo Gomes, essa troca de conhecimentos entre Bahia e Pará, maiores produtores de cacau do Brasil, tem o intuito de unir as realidades dos dois biomas para criar iniciativas que possam influenciar no desenvolvimento de outros territórios. “Esse intercâmbio mostra que a colaboração entre sociedade, academia e setores público e privado é a chave para impulsionar a bioeconomia no Brasil”, conclui.