Uma série de webinários está sendo realizada para discussão sobre os desafios e benefícios do sistema cabruca, modelo que garante conciliar produção com a preservação do bioma da Mata Atlântica. Composta por oito episódios, a série aborda temáticas como produtividade e rentabilidade, legislação agroambiental e bioeconomia regional.
Até abril, foram realizados quatro apresentações nos seguintes temas: “Como as cabrucas podem conciliar produção, conservação e inclusão social”, “O que a ciência e a experiência nos dizem sobre o manejo e os serviços ambientais das cabrucas”, “Como ter alta produtividade e rentabilidade na produção de cacau na cabruca” e “Legislação agroambiental aplicada às cabrucas”.
Os encontros, que têm sido um sucesso entre produtores e especialistas no tema, já alcançaram quase 2 mil visualizações e são resultados de uma parceria do Arapyaú com a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), o World Cocoa Action, o Sebrae, o Mercado do Cacau, o Centro de Informação do Cacau (CIC) e o CICLOS Sustentabilidade e Cidadania.
O engenheiro florestal Beto Mesquita, um dos idealizadores da série e coordenador técnico do Instituto CICLOS de Sustentabilidade e Cidadania, diz que o sucesso da iniciativa ocorre principalmente por tratar de diferentes aspectos das cabrucas e por envolver especialistas com visões diversas e complementares.
As cabrucas estão num momento de definição de qual será o seu futuro, se vão optar por um modelo raleado, correndo o risco de descaracterizá-lo como um sistema produtivo e ambientalmente amigável, ou se irão reconhecer o papel das cabrucas seja para geração de renda, trabalho e inclusão social, seja para a produtividade agrícola e a vida humana. Esta série traz conhecimento que ajuda no processo de decisão sobre qual será o futuro das cabrucas no sul da Bahia”
Beto Mesquita, coordenador técnico do Instituto CICLOS de Sustentabilidade e Cidadania
As séries já realizadas podem ser conferidas no canal do YouTube do CICLOS.
Serão realizados nas próximas semanas mais quatro episódios, com os seguintes temas: “Cabrucas como vetores da bioeconomia regional”, “Como financiar o sistema de produção”, “Importância das cabrucas para o conceito de chocolate tree to bar” e “Importância das cabrucas para a agricultura familiar e os assentamentos”.
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