O primeiro sistema de rastreabilidade para cacau com tecnologia blockchain no Brasil acaba de ser lançado pela Indicação Geográfica (IG) Sul da Bahia, pioneira na regulamentação das questões de padrão mínimo para que o cacau seja considerado de qualidade superior.
A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a Bleu Empreendimentos Digitais, e já é utilizada por três propriedades em lotes vendidos. “Estamos finalizando os testes de campo e fazendo os últimos ajustes para disponibilizar para qualquer produtor baixar na Play Store (loja virtual de aplicativos)”, explica Cristiano Sant’Ana, diretor executivo da IG.
Segundo Adriana Reis, Gerente de Qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), o novo sistema garante a rastreabilidade de cada lote registrado e a comprovação da origem. “Esses são os pontos-chave dessa tecnologia, que garante um produto saudável, oriundo de uma região de grande relevância ambiental, que cumpre seu papel com a legislação, respeita questões trabalhistas e sociais. Temos muito o que avançar, mas estamos assumindo a vanguarda de um processo inovador e que agrega valor à cadeia produtiva do cacau e do chocolate, e permite acesso a novos mercados”, diz Adriana.
A IG e o CIC, em conjunto com a Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (COOPESSBA), a Cooperativa de Pequenos Produtores de Cacau, Mandioca e Banana do Centro da Região Cacaueira (COOPERCENTROSUL) e a Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (COOPFESBA), realizaram nos últimos meses atividades de campo em conjunto para qualificar os agricultores familiares para o uso do sistema de rastreabilidade. Essas ações contaram com o apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio do Programa Bahia Produtiva da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
“A iniciativa proporcionará a transparência na relação com o consumidor que está cada vez mais ativo na busca por informações sobre a origem dos alimentos que consome”, afirma Cristiano Sant’Ana. Segundo ele, “mais uma vez nossa IG demonstra capacidade de inovar e fazer o melhor possível para cumprir sua visão que é a de transformar a região do sul da Bahia em referência nacional e internacional em cacau de qualidade superior”.
Desde 2018, o cacau produzido no sul da Bahia é certificado com o registro de Indicação Geográfica (IG), especificando e atestando a procedência e qualidade do produto. Hoje, as amêndoas da região são reconhecidas pela qualidade e também por, na maioria das vezes, serem produzidas de forma sustentável, contribuindo com a preservação da Mata Atlântica. Atualmente a Associação Cacau Sul da Bahia possui 12 empresas de chocolates finos da região e de outros estados do país credenciadas para a comercialização de derivados de cacau fabricados exclusivamente com cacau rastreado produzido no sul da Bahia.
O Instituto Arapyaú é parceiro de vários atores locais para fomentar redes, influenciar políticas públicas e gerar conhecimento para, assim, fortalecer a cadeia produtiva cacaueira. São instituições que atuam com tecnologia, geração de conhecimento para melhorar a produção e a conservação do meio ambiente, além de oferecer formação às comunidades locais.
Filme foi dirigido por Mariane Claro e Igor Pimentel. Crédito: reprodução. Na imensidão da riqueza…
Instituto completou 16 anos em 2024. Crédito: Acervo. 2024 ficará marcado como o ano em…
COP 29 foi realizada no Azerbaijão; em 2025, será no Brasil. Crédito: Kamran Guliyev/UN. O…
Conferência reuniu especialistas nacionais e internacionais em Belém/PA. Crédito: IBRAM. A Conferência Internacional Amazônia e…
A bioeconomia é uma oportunidade para reduzir a dependência global dos combustíveis fósseis e para…
Instituto Arapyaú participou de reunião com as ministras Marina Silva e Sonia Guajajara. Crédito: acervo.…