Após uma busca que durou cinco anos, a gaúcha Floriana Danesi Breyer optou pelo Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS). Ela está entre os 14 alunos selecionados para a turma no sul da Bahia, onde o programa conta com o patrocínio do Instituto Arapyaú e da Fibria. A grade curricular e a localização pesaram em sua escolha. Outros 17 profissionais farão o mestrado na sede do Instituto IPÊ, fundador da ESCAS, em Nazaré Paulista, em São Paulo.
O projeto, que existe desde 2008, foca na capacitação de profissionais para atuar na área de conservação socioambiental e sustentabilidade, com uma abordagem prática, de forma que os ensinamentos teóricos sejam transformados em projetos concretos. Desde o início do projeto, 84 profissionais já se formaram no campus de Nazaré Paulista e outros 64 concluíram o curso na Bahia.
Atrair profissionais que vão aplicar os conhecimentos obtidos ao longo dos 24 meses em sala de aula é um dos objetivos do mestrado profissional, que se destaca já no processo de seleção. Para participar da turma oferecida no sul da Bahia, os candidatos precisam atuar na região e passar pelas três fases do processo de seleção.
Elas consistem no envio de documentos como o currículo, carta de apresentação e um ensaio sobre as experiências do candidato, citando projetos que pretende implementar após a conclusão do curso. Há também avaliações de redação em português e domínio de leitura em inglês, necessários para o bom aproveitamento do programa, além de uma entrevista com o comitê de seleção.
Iniciado em setembro, o mestrado teve aula inaugural do professor Cláudio Pádua, fundador do IPÊ e da ESCAS. Na ocasião, os alunos tiveram a chance de conhecer mais sobre as raízes do projeto, uma vez que Pádua relembrou a criação da ESCAS como unidade agregadora dos projetos educacionais do IPÊ e também contou sobre como surgiu a ideia de oferecer um mestrado profissional stricto sensu.
Formada em Artes Plásticas, com especializações nas áreas de meio ambiente e articulação de redes, Floriana sempre desenvolveu projetos em torno da biodiversidade e, recentemente, passou a se interessar pelo corredor de Mata Atlântica que vai de Ilhabela a Ilhéus.
Atualmente, vem se dedicando a mapear iniciativas de redes nesta região por meio da BioDiversa, sua consultoria de design de experiências e projetos regenerativos com o objetivo de estabelecer uma base de operações em Serra Grande. Em sua opinião, o sul da Bahia está atraindo cada vez mais profissionais e projetos, especialmente devido aos movimentos para a regeneração do cultivo sustentável do cacau, o que torna a área um polo promissor de desenvolvimento sustentável.
Floriana, que também é gerente de projetos do Instituto Climate Ventures com atuação focada na Amazônia, vê na parceria com o Instituto Arapyaú um importante caminho para a conexão entre as duas regiões. “Estou sempre acompanhando o Arapyaú e adoraria me aproximar mais, porque os territórios em que eles atuam são os que eu também estou me aproximando”, conta.
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