Arquiteta e urbanista de formação, com experiência em desenvolvimento territorial, Mariana Sales é a nova secretária executiva da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Sul da Bahia, uma iniciativa que busca contribuir para uma melhor governança regional nos municípios do Litoral Sul da Bahia.
A ADR foi criada por um grupo plural, com representantes do setor público, privado, da comunidade, sociedade civil e de instituições acadêmicas. Por ser parte da estratégia do Instituto Arapyaú fortalecer institucionalmente a região, o gerente do Programa de Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia, Ricardo Gomes, foi cedido part time para ocupar o cargo de presidente da Agência. A atuação prioritária da Agência se dá pela articulação e mobilização de atores sociais, iniciativas e investimentos estruturantes pela e para a região.
Abaixo, Mariana conta um pouco das motivações para assumir o cargo e dos planos à frente da ADR.
Quais foram as suas motivações para assumir a secretaria executiva da ADR?
Mariana Sales: Sou nascida e criada em Itabuna [um dos municípios da Costa do Cacau] e, entre as minhas motivações, está a vontade de poder trazer de volta para a minha região todo o aprendizado e toda a bagagem que venho construindo. Tenho um perfil voltado para a construção de articulações, de conexões, e estou comprometida em potencializar as vocações regionais. Espero consolidar principalmente uma identidade local de desenvolvimento e levar essa imagem para o cenário nacional e, quem sabe, internacional.
Como sua trajetória se conecta à ADR?
Mariana Sales: Minha trajetória profissional sempre teve o objetivo de gerar impacto positivo. Sou arquiteta e urbanista de formação. Escolhi essas áreas por acreditar que espaços moldam comportamentos e que o papel social dessa profissão é projetar espaços inclusivos, e não reproduzir padrões de desigualdade.
Para gerar impacto positivo em escala, descobri que deveria atuar junto ao setor público. Assim, iniciei minha carreira com projetos de inovação no governo do Espírito Santo. Em seguida, atuei no terceiro setor, na organização Espírito Santo em Ação, mobilizando empresas em prol do desenvolvimento do Estado. Trabalhei ainda no setor privado, em uma consultoria de gestão estratégica. Antes de chegar à agência, estava em uma aceleradora de negócios de impacto, onde coordenava um programa de políticas educacionais, dando acesso à tecnologia, conectando redes municipais de ensino a soluções de startups.
Quais são os principais objetivos da ADR?
Em educação, por exemplo, a Agência atua tanto na melhoria da qualidade do ensino regional, quanto na promoção de formações e pesquisas – questões fundamentais para qualquer desenvolvimento sustentável de longo prazo. Na economia, a ADR Sul da Bahia atua para estimular iniciativas que promovam desenvolvimento sustentável a partir das vocações e potenciais regionais, valorizando os ativos ambientais e naturais.